Ao apresentar sua quarta carta, a presidência da COP30 quer a ousadia do setor privado para atingir metas climáticas na falta de um acordo sobre financiamento. Quer também convencê-lo sobre a lógica econômica das soluções em vista. Esses são os recados do documento divulgado nesta sexta-feira.“O que queremos é envolver atores que não negociam, mas que são essenciais para a implementação (do que foi acordado até aqui)”, afirmou.
Assine gratuitamente a newsletter Últimas Notícias do JOTA e receba as principais notícias jurídicas e políticas do dia no seu email
A um pequeno grupo de jornalistas, o presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, afirmou que quando países negociam suas NDCs, são naturalmente conservadores, porque não querem dar passos muito grandes que tenham impacto negativo sobre a sua economia.
“Muitas vezes é o setor privado que se antecipa ao que os países se comprometeram. E esta seria a ocasião de o setor privado mostrar seu comprometimento em relação à agenda”, disse.
Esta seria a ideia por trás da Agenda de Ação criada a partir da carta. Esta agenda não está fechada. O que o documento divulgado hoje faz é determinar uma estrutura organizada para que todos esses atores se falem de alguma forma. Ela foi divida em seis temas e 30 áreas temáticas, justamente para deixar em evidência a sua transversalidade e potencial econômico.
Corrêa do Lago lembra que o Texas é o segundo estado americano que mais usa renováveis. “Não é por ideologia, porque gostam ou porque o governador é democrata, mas porque é um ótimo negócio”, disse.