Ação cumpriu mandados de prisão e busca contra investigados por crimes de violência sexual contra crianças e adolescentes São Paulo CNN Brasil
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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul realizou, nesta quinta-feira (28), a operação “Vozes da Inocência”, em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A ação, coordenada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), teve como objetivo prender suspeitos de abusar sexualmente de crianças e adolescentes.
Segundo a polícia, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão. A operação mobilizou cerca de 30 policiais civis. Quatro investigados já foram presos e um segue foragido.
Casos apurados
De acordo com as investigações, os crimes ocorriam dentro do ambiente familiar e envolviam pessoas que deveriam proteger as vítimas, como pais, padrastos e avós. A proximidade e a relação de confiança foram usadas para silenciar as crianças por longos períodos.
O delegado Maurício Barison, responsável pela ação, ressaltou a importância de valorizar os relatos das vítimas. “A operação simboliza o respeito e a valorização do depoimento dessas crianças e adolescentes, que, mesmo fragilizadas, tiveram coragem de romper o silêncio”, disse.
Impactos nas vítimas
A Polícia Civil afirma que os abusos tiveram efeitos devastadores na vida das crianças e adolescentes, resultando em traumas emocionais e sociais. Entre os reflexos observados estão isolamento, sofrimento psicológico e dificuldades de convivência.
Para o delegado regional Cristiano Reschke, os crimes funcionam como um “cárcere psicológico”. Ele destacou: “Essas crianças e adolescentes tiveram suas vozes sequestradas dentro de casa por homens que deveriam protegê-las. Hoje, a voz delas ecoou e resultou na prisão desses verdadeiros monstros.”
Compromisso e alerta
A operação também busca conscientizar a sociedade sobre a importância de perceber sinais de violência e denunciar. Segundo a polícia, a negligência de familiares e a omissão diante de relatos contribuem para prolongar o sofrimento das vítimas.
“Fatos tão cruéis não devem apenas gerar indignação, mas mobilização para que a sociedade também desempenhe um papel ativo na proteção de suas crianças”, disse Reschke.
Números da operação
•5 mandados de prisão preventiva expedidos (4 já cumpridos)
•6 mandados de busca e apreensão
•30 policiais civis envolvidos
•Ação realizada nos bairros Guajuviras, Mato Grande e Fátima, em Canoas, além de diligências no Rio de Janeiro
A Polícia Civil reforçou que denúncias podem ser feitas de forma anônima e que esse tipo de operação seguirá como prioridade no combate a crimes sexuais contra crianças e adolescentes.

