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Portal Nação® > Noticias > outros > Queda de avião da Voepass: como foi o resgate e a identificação dos corpos 
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Queda de avião da Voepass: como foi o resgate e a identificação dos corpos 

Última atualização: 5 de agosto de 2025 03:33
Published 5 de agosto de 2025
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Equipes técnicas enfrentaram cenas difíceis para garantir dignidade às vítimas e acolhimento aos familiares  São Paulo, Avião, Vinhedo, Voepass CNN Brasil

Contents
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Quando o avião da Voepass caiu em Vinhedo no início da tarde de 9 de agosto de 2024, a tragédia mobilizou forças emergenciais de todo o estado de São Paulo. Mas por trás da resposta rápida das autoridades, houve uma complexa e delicada operação que uniu bombeiros, Defesa Civil, IML e polícia científica — todos com um único objetivo: dar às vítimas uma identificação digna e às famílias, o mínimo de conforto em meio à dor.

Em apenas seis minutos, o Corpo de Bombeiros chegou ao local da queda. O trabalho de contenção do fogo foi decisivo: evitou uma tragédia ainda maior, reduziu a carbonização dos corpos e possibilitou uma identificação mais rápida das vítimas. “Quando os corpos não estão muito danificados, conseguimos aplicar métodos de identificação menos invasivos e mais rápidos, como o confronto odontológico e datiloscópico”, explicou o Dr. Paulo Tieppo, diretor do Núcleo de Antropologia Forense do IML.

A estrutura da resposta foi montada imediatamente. Ainda na sexta-feira, enquanto remanescentes humanos começavam a ser resgatados da área atingida, o IML preparava o setor para receber as vítimas. “Foi uma operação delicada e precisa. Os corpos foram recolhidos pessoalmente por médicos legistas, embalados individualmente com vestes, documentos e pertences, o que agilizou o processo de identificação”, detalhou Tieppo.

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A cena era desoladora. Para o coronel Henguel Ricardo Pereira, secretário-chefe da Defesa Civil, o cenário lembrava outros grandes acidentes da história recente do país. “Tive a experiência de atuar também no acidente da TAM, em 2007. Por mais que estejamos acostumados à emergência, é impossível não se colocar no lugar das famílias”, disse.

Segundo ele, um dos principais papéis da Defesa Civil foi garantir informação segura e acolhimento aos parentes. “A dor é imensa e vem acompanhada da dúvida: será que era mesmo meu ente querido? Será que ele estava no voo? Será que sobreviveu? Nosso trabalho é tentar esclarecer, mas também acolher, com humanidade”, relatou.

Uma estrutura foi montada no Instituto Oscar Freire, da USP, para receber familiares — longe do ambiente pesado do IML. Além disso, uma medida inédita contribuiu para agilizar a liberação dos corpos: o cartório de Vinhedo se deslocou até São Paulo, permitindo que os atestados de óbito fossem emitidos e registrados ali mesmo, sem necessidade de deslocamento até o interior.

A advogada Bianca Faller perdeu o tio, André Armindo Michel, um dos 62 mortos na queda. Ele voltava de uma viagem a trabalho em Cascavel e faria conexão em Guarulhos para chegar a Florianópolis. “Era um dia normal para a família. A gente sabia do voo, mas jamais imaginava que não iríamos mais vê-lo”, disse.

A notícia do acidente chegou por um grupo de WhatsApp da família da cunhada, que mora em Cascavel. “Ligamos para a empresa, mas não tivemos retorno imediato. A única informação que conseguimos, de forma fria e objetiva, foi: ‘Sim, ele estava no voo’. E nada mais”, contou.

O corpo de André foi identificado por impressão digital. Mesmo assim, a incerteza dos primeiros dias foi angustiante. “É um martírio. Você sabe, mas não tem certeza. Espera por uma ligação, uma informação, qualquer coisa. É desesperador”, lembra Bianca, emocionada. O velório só aconteceu cinco dias depois do acidente.

A família precisou organizar a logística do reconhecimento por conta própria. Dois parentes se deslocaram até São Paulo. “Meu tio foi um dos primeiros a ser reconhecido. Um familiar conseguiu vê-lo. Isso ajudou a dar alguma paz para minha tia e minha prima, de apenas 13 anos. Ela estava com a festinha de aniversário pronta. Virou luto”, diz.

Adriana Ibba é jornalista e mãe da pequena Liz, de apenas três anos, uma das vítimas. “Eu levei minha filha até o aeroporto acreditando que ela usaria o meio de transporte mais seguro do mundo. Nunca imaginei que aquele seria o último mês que a gente passaria juntas”, diz Adriana, emocionada. Ela foi uma das primeiras a chegar ao aeroporto, em busca da lista de passageiros. “Naquele momento, eu só queria saber onde minha filha estava. Se ela não estava no avião, onde ela estava? Foi desesperador.”

A médica legista Carla Abgussen esteve entre os primeiros profissionais a trabalhar diretamente com os corpos. “Conseguimos identificar que, pelo menos até metade da aeronave, as vítimas estavam preservadas, nas poltronas, com cintos de segurança afivelados e na posição de emergência para impacto”, explicou. Segundo ela, a rigidez dos corpos indica morte instantânea, mas também mostra que as vítimas estavam conscientes da queda.

“Elas foram instruídas pela tripulação a se posicionar dessa forma. Então a gente entende que, sim, houve tempo para que percebessem o que estava acontecendo. Para quem está dentro do avião, a queda é longa, ainda que pareça rápida para quem vê de fora. E essa noção do que estavam vivendo é algo que nos marcou profundamente.”

Apesar do preparo técnico e psicológico, os profissionais não são imunes. “Você vê um brinquedo entre os destroços e não tem como não pensar em quem era aquela criança. Te marca para sempre”, disse.

Ao todo, o processo de identificação levou sete dias. Em menos de uma semana, todas as vítimas haviam sido examinadas e reconhecidas. Para o Dr. Tieppo, isso só foi possível graças à resposta coordenada e à rápida atuação dos bombeiros. “O fogo foi controlado em minutos. Isso fez toda a diferença.”

Bianca concorda. “A resposta das autoridades foi exemplar. O trabalho do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil, do IML… tudo funcionou de forma mais eficiente do que em outros acidentes aéreos. Mas nada tira a dor. A ausência continua.”

Um ano depois, a memória do acidente ainda é recente. Mas o trabalho feito nos bastidores, por profissionais que lidam diariamente com o fim, foi essencial para que famílias como a de Bianca pudessem, ao menos, se despedir.

Na terceira reportagem da série especial, que vai ao ar nesta quarta-feira (6), a CNN Brasil vai trazer os bastidores da identificação dos corpos, as liberações para os familiares, o começo dos velórios e as primeiras informações sobre as investigações.

 

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