Estrutura que ligava os estados do Tocantins e Maranhão caiu em dezembro do ano passado
Este conteúdo foi originalmente publicado em Queda de ponte: agrotóxicos só deverão ser retirados de rio após abril no site CNN Brasil. Tocantins, -agencia-cnn-, Maranhão CNN Brasil
A carga de agrotóxicos que caiu após o rompimento da ponte que ligava os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) só deverá ser retirada do rio Tocantins depois de abril. O acidente com a ponte ocorreu em dezembro do ano passado.
A informação foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na última terça-feira (21).
Na queda, duas carretas com ácido sulfúrico, com capacidade para 79 toneladas de ácido sulfúrico, e um caminhão com 22 mil litros de agrotóxicos caíram no rio. O acidente deixou 14 pessoas mortas.
Segundo o órgão, as transportadoras de produtos perigosos e a companhia dona da carga de agrotóxicos contrataram empresas de resposta a emergências químicas.
Diversos mergulhos foram realizados até o dia 9 de janeiro e foram retiradas 29 bombonas com 20 litros de agrotóxicos, cada. Porém, a partir do dia 10 de janeiro, momento em que a vazão da água aumentou na Usina Hidrelétrica de Estreito, os trabalhos de mergulhos foram suspensos. Esse aumentou impossibilitou as operações de retirada das cargas.
Ainda de acordo com o Ibama, a profundidade do rio passa de 40 metros, o que dificulta os mergulhos, além da pouca visibilidade para a realização da retirada dos recipientes.
A realização de mergulhos no local só é possível quando a vazão do rio está em aproximadamente 1.000 m³/s. Entretanto, até o dia 15 de janeiro, a vazão de defluência a jusante da barragem estava em 7.532 m³/s, bem acima dos 1.000 m³/s, conforme a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Diante da atual situação, o Ibama espera que as bombonas se desloquem da área do acidente, o que pode levá-las a localidades distantes. O Consórcio Estreito Energia (Ceste), responsável pelo controle da usina, foi informado da possibilidade, mas informou não ser possível garantir janelas de mergulhos no período úmido, que se estende até o final de abril.
Por isso, os trabalhos de retirada dos agrotóxicos foram suspensos.
* Sob supervisão
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