Nas redes sociais, Alessandra Moja mostra seu engajamento pelas causas sociais, atuação comunitária em São Paulo e momentos de sua vida pessoal, destacando-a como uma voz ativa na periferia São Paulo, -agencia-cnn-, investigacao policial, MPSP (Ministério Público de São Paulo), PCC (Primeiro Comando da Capital), São Paulo (geral) CNN Brasil
Alessandra Moja Cunha é uma figura central nas investigações sobre a atuação do PCC na Favela do Moinho, no Centro de São Paulo. Identificada como irmã de Leonardo Monteiro Moja, conhecido como “Leo do Moinho”, que chefiava o tráfico na localidade, ela foi presa nesta segunda-feira (8), durante a Operação Sharpe.
Segundo o MPSP (Ministério Público de São Paulo), Alessandra exercia o papel de líder comunitária da “Associação de Moradores da Favela do Moinho”. Nessa posição, ela teria uma função crucial na mobilização de manifestações públicas para “blindar” a comunidade de intervenções policiais e auxiliava seu irmão em “empreitadas criminosas”.
A presença digital de Alessandra Moja nas redes sociais, com postagens que abrangem o período de 2018 a 2025, traça o perfil de uma pessoa profundamente engajada com questões sociais e ativa na comunidade da Favela do Moinho, em São Paulo.
Suas publicações revelam um compromisso com o antirracismo e o antifascismo, além de uma forte conexão com a família e reflexões sobre liberdade e felicidade.
Engajamento social, luta por direitos e atuação comunitária
Alessandra Moja manifesta consistentemente seu posicionamento em relação a importantes causas sociais. Em junho de 2020, ela atualizou sua foto de perfil com as frases “antirracista antifascista”, indicando um claro alinhamento político e social. Essa postura é reforçada por outra imagem de outubro de 2018, que declara: “Nem sempre petista mas sempre antifascista”.
Sua preocupação com a violência nas periferias é evidente em uma postagem, onde compartilha fotos de jovens mortos em operações policia, questionando: “poderia ser o meu filho ou seu meu irmão“.
Outro registro, exibe uma imagem impactante com os dizeres “Estado genocida…pare de roubar nossos sonhos“, sublinhando apoio à resistência local e crítica a injustiças do estado.
A conexão de Alessandra Moja com a Favela do Moinho, em São Paulo, é um pilar de sua atuação. Registros demonstram envolvimento direto com a comunidade em ações de solidariedade e bem-estar.
Em outubro de 2019, ela registrou uma “entrega de alimentação no cine moinho”, mostrando a distribuição de itens essenciais para moradores. Anteriormente, em abril de 2018, Alessandra participou de uma “festa com as crianças” também no Cine Moinho, projeto cultural que ajudou a desenvolver dentro da comunidade.
Reflexões pessoais e laços afetivos
Além do ativismo, Alessandra compartilha aspectos de sua vida pessoal e valores. Um reel de junho de 2025, ao lado de um companheiro, celebra o amor com a frase “A maior revolução é amar”. Em agosto de 2019, ela compartilhou um registro de anéis, mencionando “presente do mosão”.
Sua vida familiar também é valorizada, como demonstrado em novembro de 2019, em uma foto com um bebê, acompanhada da legenda “sexta com a netinha”.
Alessandra Moja também compartilha mensagens de reflexão e autoempoderamento. Em uma postagem, ela afirmou que “minha felicidade só depende de mim”. Outra postagem incita: “Seja como as águas dos rios que não param em qualquer pedra que encontra no seu caminho”.
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O que dizem as investigações do MPSP
Alessandra é apontada como a principal responsável por cobrar propina de famílias que firmaram acordos com a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano).
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De acordo com o MPSP, ela somente autorizava o cadastro e a assinatura desses acordos após o pagamento da quantia exigida. Alessandra foi um dos alvos de mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva expedidos na Operação Sharpe.
Veja imagens da operação
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1 de 8Alessandra Moja, irmã de Leo do Moinho • CNN Brasil
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2 de 8Um homem identificado como José Carlos, que seria o líder do tráfico atual da Favela do Moinho, foi preso • CNN Brasil
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3 de 8Cláudio dos Santos Celestino, preso na Operação Sharpe • CNN Brasil
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4 de 8Roberto, marido de Alessandra Moja • CNN Brasil
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5 de 8Uma das presas foi identificada como Yasmin Moja, filha de Alessandra Moja e sobrinha de Leo do Moinho • CNN Brasil
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6 de 8Uma das presas foi identificada como Yasmin Moja, filha de Alessandra Moja e sobrinha de Leo do Moinho • CNN Brasil
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7 de 8Homem identificado como Jorge de Santana também foi preso • CNN Brasil
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8 de 8Outro homem, ainda não identiicado, foi preso na operação • CNN Brasil
Outros investigados, como José Carlos da Silva (“Carlinhos”), Ronaldo Batista de Almeida, Reginaldo Terto da Silva, Ademario Goes dos Santos e Leandra Maria de Lima, também teriam envolvimento nessas cobranças.
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As investigações indicam que Alessandra prestava contas a Leonardo sobre os acontecimentos na localidade e administrava o “Ferro-Velho Moinho”, controlando sua contabilidade e remetendo fotografias de cadernos com anotações a ele.
A prisão atual de Alessandra Moja não é seu primeiro contato com a justiça. Ela possui um histórico criminal que inclui uma condenação por homicídio qualificado em coautoria, cometido em dezembro de 2005.
Pelo crime, foi condenada a oito anos de reclusão em regime semiaberto. Alessandra chegou a ser presa em agosto de 2018 e progrediu para o regime aberto em novembro de 2019, usufruindo de remição de pena por trabalho e estudo.
A CNN tenta contato com a defesa dos citados.