Coronel foi detido por tentativa de obstruir a investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado e se encontra sob custódia da Polícia Federal Política, Alexandre de Moraes, Golpe de Estado, Jair Bolsonaro CNN Brasil
Nesta quarta-feira (18), o coronel Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), foi preso preventivamente, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Câmara foi detido por tentativa de obstruir a investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado. A medida já foi cumprida e o réu se encontra sob custódia da Polícia Federal (PF).
A CNN separou alguns destaques, a seguir, sobre Marcelo Câmara.
Especialista em Operações Especiais e analista de inteligência, com formação nas Forças Especiais do Exército, Câmara possui uma carreira marcada por experiências em todo o território brasileiro.
Desde dos anos 1990, adquiriu conhecimentos no meio militar, resultado da participação em cursos, seminários, workshops, especializações e outras atividades voltadas ao tema.
Formação:
- Ensino Superior: Bacharelado em Ciências Militares e em Administração (Curso de Formação de Oficiais) – Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) – Resende/RJ – Concluído em 1992;
- Pós-Graduação/Stricto Sensu: Mestrado em Operações Militares (Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais) – Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (ESAD) – Rio de Janeiro) — Concluído em 2000;
- Pós-Graduação/Lato Sensu: Gestão em Administração Pública — Universidade Gama Filho — Rio de Janeiro/RJ) – Concluído em 2012.
- Além de cerca de dez especializações na área.
Durante seis anos, ele atuou na Amazônia, onde comandou uma organização militar. Nesse período, esteve em treinamentos e eventos de caráter nacional.
Além disso, o coronel participou em ações sobre administração pública.
Posteriormente, o militar foi nomeado oficial de gabinete do Comandante do Exército, em 2015. Já em 2018, teve a função de Assessor Parlamentar do Gabinete do Comandante do Exército. Em seguida, tomou o posto de assessor de Bolsonaro.
Determinação de Moraes
Ainda nesta quarta, Moraes também decidiu instaurar um inquérito contra Câmara e seu advogado, Eduardo Kuntz, que informou ter conversado com o tenente-coronel Mauro Cid sobre o seu acordo de delação.
De acordo com Moraes, ambos tentaram obter dados sigilosos relativos ao acordo de colaboração premiada de Cid — o mesmo motivo que levou à prisão preventiva do general Walter Braga Netto.
O ministro determinou que Câmara, Kuntz e Cid sejam ouvidos pela Polícia Federal (PF) em até 15 dias.
Moraes observou que Kuntz teve “conversas realizadas pelo Instagram e por meio de contatos pessoais na Sociedade Hípica de Brasília” no período em que Câmara estava preso.
O próprio advogado disse ao Supremo que teria falado com Cid por meio de um perfil que seria da esposa do delator, que estava proibido de usar as redes sociais. As conversas foram publicadas pela revista Veja.
*Sob supervisão de Douglas Porto