Criador de conteúdo foi detido por porte ilegal de arma de uso restrito, uma pistola calibre 38 com numeração raspada; ação apura atuação de organização criminosa na promoção de jogos ilegais São Paulo, -agencia-cnn-, influenciadores, Operação CNN Brasil
Maurício Martins Junior, influenciador digital conhecido como MauMau ZK, foi preso em flagrante nesta quinta-feira (7) em São Paulo. A prisão ocorreu durante uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro contra a divulgação do popular “jogo do tigrinho” nas redes sociais.
MauMau é popular, principalmente, entre o público jovem da internet. O criador de conteúdo digital soma mais de três milhões de seguidores no Instagram. Em seu perfil, ele posta fotos de carros de luxo, roupas de grife e viagens que faz pelo mundo.
Em uma plataforma de vídeos, ele já mostrou o local onde mora, o Condomínio Arujá Hills III. O influenciador mostra também a rotina que vive em festas, acompanhado de amigos ou da esposa. Além disso, MauMau é pai e tem uma filha recém-nascida de um mês.
Na noite de quarta-feira (6), MauMau participou de um dos podcasts mais famosos do Brasil, o PodPah. Em certo momento da conversa ao vivo, é possível ver o influenciador ao receber sua família no estúdio.
A CNN tenta localizar a defesa do influenciador e o espaço segue aberto.
Prisão de MauMau em SP
Segundo a Polícia, Mamau foi detido por porte ilegal de arma de uso restrito — uma pistola calibre 38 com numeração raspada. MauMau é um dos principais alvos da ação, que apura a atuação de uma organização criminosa envolvida na promoção de jogos ilegais, fraudes e lavagem de dinheiro.
De acordo com o delegado Renan Mello, da (DCOC-LD) Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro, foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em dois endereços na capital paulista e cinco em Minas Gerais.
As investigações identificaram que influenciadores digitais vinham promovendo jogos como o “Tigrinho” e outras plataformas semelhantes, consideradas ilegais no Brasil. Segundo os agentes, os investigados usavam as redes sociais para atrair seguidores com promessas de lucros fáceis, em publicações que aparentavam ser ações publicitárias.
Além de Mau Mau, a operação cumpre outros 14 alvos, sendo um coptador. A Polícia Civil aponta que a organização criminosa tinha divisão de tarefas entre divulgadores, operadores financeiros e empresas de fachada. Relatórios do COAF indicam que o grupo movimentou mais de R$4 bilhões de forma suspeita.
Durante as apurações, também foram encontradas evidências de enriquecimento incompatível com os rendimentos declarados pelos investigados, que ostentavam vida de luxo em redes sociais. Apesar dos registros formais em delegacias, a atividade seguia sendo exibida de forma aberta.
“Um dos alvos de hoje estava fazendo publicação de publicidade de jogo de azar ontem, na noite anterior à operação. A sensação de impunidade era tamanha, que essa atividade estava visível aos olhos de qualquer pessoa”, declarou o delegado Renan Mello.
A CNN tenta contato com a defesa dos influenciadores citados.
*Sob supervisão de Carolina Figueiredo