Luiz Carlos de Lomba, conhecido como “Chocolate”, era responsável pelo processo de avaliação da cocaína comercializada pela facção no Complexo da Maré e foi preso enquanto fazia harmonização facial
Este conteúdo foi originalmente publicado em Químico da droga: quem é o vaidoso líder do TCP preso em megaoperação no site CNN Brasil. Rio de Janeiro, -agencia-cnn-, Chocolate, Droga, facção, Liderança, Megaoperação CNN Brasil
Luiz Carlos de Lomba, conhecido como “Chocolate” no mundo do crime, é considerado líder de uma das maiores facções do Rio de Janeiro, o Terceiro Comando Puro (TCP). Ele é reconhecido pelo grupo criminoso como “químico”, pois era responsável por todo o processo de avaliação da droga comercializada no Complexo da Maré.
“Chocolate” foi preso, nesta quinta-feira (13), enquanto fazia uma consulta de harmonização facial durante a megaoperação da Polícia Civil contra foragidos da Justiça. Segundo os agentes, ele fez o procedimento estético com o objetivo de fugir da polícia.
O criminoso, de 60 anos, tem mais de 80 inquéritos e nunca havia sido preso até então. De acordo com a Polícia, “Chocolate” é um homem de perfil discreto e capaz de transformar 1Kg de cocaína em 7Kg. Além disso, lucrava em torno de R$ 1 mil a cada quilo que comercializada na Maré.
As investigações apontam que ele não atuava mais presencialmente na comunidade, mas ainda exercia a função em uma espécie de “home office”, em que coordenava as atividades do TCP.
Ao repercutir a prisão, Felipe Curi, secretário de Polícia Civil, compartilhou em seu perfil nas redes sociais um vídeo que faz uma comparação entre “Chocolate” e o personagem Walter White, de Breaking Bad, conhecido por ser um químico especializado na fabricação de metanfetamina.
As investigações ainda apontam que Luiz teria treinado outro criminoso, conhecido como “Orelha”, para também ser “químico”. “Chocolate” ainda seria da alta cúpula do TCP, ao lado de criminosos como “Bill” e “Mangolé”.
Entenda a Megaoperação
A Polícia Civil do Rio de Janeiro já prendeu 603 suspeitos na Operação Espoliador, considerada pelo secretário Felipe Curi como a maior já realizada pela corporação.
A ofensiva, planejada por cinco meses, mobilizou cerca de 2 mil policiais e teve como foco o cumprimento de mandados contra foragidos da Justiça.
A gente tirou de circulação justamente aqueles que colocam a arma na cabeça das pessoas e as vezes acabam tirando a vida dessas vítimas.
Felipe Curi, secretário de Polícia Civil
Os presos passaram por exames de corpo de delito em um posto do Instituto Médico Legal (IML) montado na Cidade da Polícia.
Além de “Chocolate”, outros dois criminosos ligados à cúpula do TCP, “Bill” e “Mangolé”, também foram alvos da operação. A ofensiva ocorreu em todo o estado e contou com equipes dos Departamentos-Gerais de Polícia da Capital, Baixada, Interior, Especializadas e Homicídios.
Em algumas regiões, houve confrontos entre criminosos e policiais.
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