A Ram Dakota está de volta ao Brasil. A Stellantis confirmou o início da produção da picape média em Córdoba, na Argentina, com chegada ao mercado brasileiro prevista para o início de 2026. O modelo, que resgata um nome de sucesso no país nos anos 1990, será a aposta da marca para brigar diretamente com as líderes do segmento, como Toyota Hilux, Chevrolet S10 e Ford Ranger.
Posicionada entre a Rampage e a 1500, a nova Ram Dakota 2026 integrará o novo polo de picapes da Stellantis na Argentina, que recebeu um investimento de R$ 2 bilhões. A estratégia é clara: ocupar um espaço valioso no mercado, combinando a força associada à marca Ram com um projeto mais refinado sobre a base da Fiat Titano, com quem compartilhará a plataforma e a linha de produção.

Sob o capô, a Ram Dakota 2026 utilizará o motor 2.2 Multijet II turbodiesel de quatro cilindros, que entrega 200 cv de potência a 3.750 rpm e um torque de 45,9 kgfm disponíveis já a 1.500 rpm. O conjunto mecânico é um dos destaques do projeto, pois combina a robustez do propulsor com a eficiência da transmissão automática ZF de oito marchas, com conversor de torque e tração 4×4 sob demanda.
Com este conjunto, a Ram Dakota 2026 pode entregar uma aceleração de 0 a 100 km/h por volta de 10 segundos, assim como a Titano. A marca não falou sobre uma versão com o 2.0 Hurricane de 272 cv, mas as chances de que receba essa motorização são pequenas – com exceção da BYD Shark, todas as picapes médias no país utilizam somente um motor diesel.

Se seguir a Titano, sua capacidade de carga útil será de 1.020 kg, com volume de 1.109 litros na caçamba. Para quem precisa de força para o trabalho pesado, a capacidade de reboque com freio chega a 3.500 kg, colocando-a em pé de igualdade com as principais concorrentes.
Trará todas as mudanças feitas na Titano 2026, como as melhorias na suspensão evitando que balance demais como era na versão de lançamento da Fiat. A suspensão dianteira é independente, do tipo Double Wishbone, enquanto a traseira adota um eixo rígido com feixe de molas semielípticas, arquitetura tradicional e comprovada para picapes médias. O sistema de freios conta com discos ventilados nas quatro rodas.
Ainda que derive da Fiat Titano, a Ram Dakota 2026 terá identidade visual própria e alinhada aos modelos maiores da marca. A dianteira é imponente, com uma grade robusta e faróis full-led. A proposta é entregar um visual mais premium e musculoso que o da sua “irmã” de plataforma.

Por dentro, a Ram promete um acabamento mais sofisticado, com materiais de qualidade superior e um pacote tecnológico completo. Espera-se um quadro de instrumentos digital, central multimídia de tela grande, ar-condicionado de duas zonas, chave presencial e um conjunto completo de equipamentos de segurança e assistência ao motorista (ADAS).
A nova Ram Dakota 2026 chegará às concessionárias brasileiras no início de 2026. Embora os preços ainda não tenham sido oficialmente divulgados, a expectativa é que as versões se posicionem em uma faixa entre R$ 250.000 e R$ 300.000, mirando diretamente no topo do segmento de picapes médias e afastando-se da Fiat Titano, que será a opção mais “barata”.

