No último dia 18 de novembro, o Conselho de Ética do Conar (Conselho Nacional Autorregulamentação Publicitária), se reuniu para julgar representações sobre campanhas de publicidade. O comitê da entidade decidiu suspender, por unanimidade, uma campanha da BYD com comparações entre o Dolphin Mini e o VW Polo.
A decisão diz o seguinte:
“Representação Nº 226/25, “ BYD Brasil – Reposição de peças 50% mais rápida que os concorrentes”, “A desvalorização do BYD Dolphin foi 60% menor que a do carro mais vendido do varejo, o Volkswagen Polo” e “A BYD tem os clientes mais felizes/A marca Nº 1 em satisfação no Brasil” e “ BYD Dolphin Mini desvalorizou muito menos…”. Resultado: sustação agravada por advertência, por unanimidade.”
Procurada, a BYD disse que não vai comentar o assunto.
A sustação do Conar é para uma série de campanhas da fabricante chinesa e inclui, também, comerciais de TV que comparavam a desvalorização do BYD Dolphin Mini com a do Volkswagen Polo após um ano. A BYD já havia recebido uma advertência do Conar por citar o concorrente diretamente. A empresa, então, criou outra campanha substituindo o nome “Polo” por um bip e cenas de uma partida de polo, o esporte jogado com quatro cavalos, tacos e uma pequena bola. Esta é a campanha com o texto “BYD Dolphin Mini desvalorizou muito menos…” relacionada na decisão do Conar.

O Conar é uma organização não governamental (ONG) financiada pelas agências de publicidade, empresas anunciantes e veículos de comunicação e o seu Conselho de Ética discute e avalia se propagandas denunciadas por consumidores ferem as questões éticas dispostas no Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária. Se o Conar decide que não fere suas regras, a denúncia é arquivada, como aconteceu com outra representação contra a BYD julgada em 6 de novembro.
O Conar não tem poder para censurar propagandas, mas suas decisões são rigorosamente respeitadas pelos veículos de comunicação, que não voltam a exibir um anúncio que é suspenso.

