Visita do diplomata americano ocorre após ameaças de Trump sobre a retomada da hidrovia e alerta sobre presença da China
Este conteúdo foi originalmente publicado em Rubio diz que conversou sobre Canal do Panamá com presidente do país no site CNN Brasil. Internacional, Canal do Panamá, China, Donald Trump, EUA, Marco Rubio CNN Brasil
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, informou que teve uma “conversa franca e respeitosa” com o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, no domingo (2).
O contato ocorreu depois que o presidente Donald Trump fez repetidas ameaças sobre assumir o controle do Canal do Panamá.
“Como o presidente articulou, quando entregamos o Canal, nós o entregamos ao Panamá. Não entregamos à China”, declarou Rubio em El Salvador nesta segunda-feira (3).
“Temos a obrigação, pelo tratado, de proteger o Canal em casos de ataque, mas a Marinha dos EUA está pagando taxas para passar por lá”, continuou. “Então, expressei frustração com esses tópicos”.
“Acho que foi uma boa visita”, destacou Rubio, mas reconheceu que “é uma questão delicada”.
“Não queremos ter uma relação hostil ou negativa com o Panamá”, afirmou.
No domingo (2), Trump reiterou a promessa de “retomar” o Canal do Panamá, alertando para uma ação “poderosa” dos EUA sobre a presença da China na hidrovia.
Nova Rota da Seda
O Panamá anunciou que não renovará a participação na iniciativa de desenvolvimento da China conhecida como Nova Rota da Seda.
O projeto de infraestruturas liderado pela China pretendia originalmente ligar a Ásia Oriental e a Europa, de acordo com o Conselho de Relações Exteriores. Desde então, se expandiu para outros lugares, incluindo África e América Latina, segundo o Conselho.
Rubio pontuou que a decisão do Panamá de não participar mais foi “boa”. Ele também chamou Mulino de “amigo da América”.
No entanto, o embaixador da China na ONU, Fu Cong, expressou decepção, dizendo que é “uma decisão lamentável porque se trata de uma iniciativa econômica. O objetivo é construir uma plataforma para os países terem cooperação econômica”.
Fu também negou as alegações dos EUA de que Pequim administra ou opera o Canal do Panamá.
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