Chefe da diplomacia dos EUA afirmou que está otimista e que discussões estão progredindo rapidamente Internacional, Estados Unidos, Faixa de Gaza, Guerra de Israel, Hamas, Israel CNN Brasil
Marco Rubio, secretário de Estado dos Estados Unidos, disse nesta quarta-feira (8) que houve “muito progresso” em direção a um acordo sobre a guerra na Faixa de Gaza. Ele adicionou que está “otimista”, embora tenha alertado que “ainda há trabalho a ser feito”.
“Estamos recebendo relatos muito positivos, até uma hora atrás. Acho que já é noite por lá, mas sentimos que fizemos muito progresso hoje, mas ainda há trabalho a ser feito”, afirmou.
“Estou otimista de que chegaremos a um acordo, espero, para que os reféns sejam libertados — todos os reféns. Há um bom progresso sendo feito”, acrescentou Rubio.
“Mas tudo começa com todos os reféns voltando para casa. E acho que temos que ser otimistas, mas ainda há trabalho a ser feito”, adicionou.
O secretário observou que as negociações estão progredindo tão rapidamente que ele está cancelando seus planos de viajar à França para uma reunião com outros ministros das Relações Exteriores, para que possa estar disponível para ir ao Oriente Médio.
Ele reiterou que, segundo o acordo proposto, os reféns seriam libertados “quase imediatamente”.
“Gostaríamos de vê-los libertados, sabe, dentro de 72 horas, conforme o esboço do acordo”, pontuou.
Questionado se as tropas israelenses sairiam de Gaza no mesmo prazo em que os reféns fossem libertados, Rubio afirmou que esses detalhes estão sendo acertados.
Ele previu que todos os parceiros regionais teriam representantes no conselho de paz proposto. “Teria que ser, para que fosse bem-sucedido”, concluiu.
Entenda o plano dos EUA para Gaza
A Casa Branca divulgou os principais pontos do plano apresentado pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para acabar com a guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza.
A proposta americana prevê um governo internacional temporário, que seria chamado de “Conselho da Paz”, chefiado e presidido por Trump, com outros membros e chefes de Estado a serem anunciados, incluindo o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair.
O controle de Gaza seria posteriormente cedido à Autoridade Palestina.
O plano apresentado por Trump prevê um cessar-fogo permanente e a libertação de todos os reféns que continuam nas mãos do Hamas, vivos ou mortos.
Em troca, o governo israelense libertará presos palestinos e devolverá restos mortais de pessoas de Gaza.O acordo sugere ainda que o território palestino não será anexada por Israel e que o Hamas não terá participação no futuro governo da região.
Integrantes do grupo palestino que se renderem seriam anistiados.
A proposta também inclui a retirada gradual das forças israelenses da região e a desmilitarização de Gaza.
Israel afirmou concordar com o plano e o Hamas declarou que aceita libertar todos os reféns no início do cessar-fogo e também renunciaria ao controle do território palestino.
O grupo, porém, não deu mais informações sobre outros pontos-chave da proposta de Trump.
Delegações de Israel, EUA e Hamas se reúnem no Egito para negociar condições do plano que pode por fim aos dois anos de guerra na Faixa de Gaza.