Kremlin gasta mais de 40% do orçamento em defesa, mas nega intenção de atacar outros países da Europa Internacional, Moscou, Otan, Putin, Vladimir Putin CNN Brasil
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse nesta quinta-feira (26) que a decisão da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) de aumentar os gastos com defesa não afetará significativamente a segurança de Moscou.
Na quarta-feira (25), as 32 nações que compõem a Otan concordaram em aumentar sua meta coletiva de gastos com defesa para 5% do produto interno bruto na próxima década, citando o que chamaram de ameaça de longo prazo representada pela Rússia e a necessidade de fortalecer a resiliência civil e militar.
“Quanto ao impacto dessa meta de 5% em nossa segurança, não acho que será significativo”, disse Lavrov durante uma coletiva de imprensa.
“Sabemos quais objetivos estamos perseguindo, não os escondemos, nós os anunciamos abertamente, eles são absolutamente legais do ponto de vista de qualquer interpretação dos princípios da Carta da ONU e do direito internacional, e sabemos por quais meios sempre garantiremos esses objetivos”, afirmou o ministro.
A Otan adotou a nova meta de gastos em resposta à pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que os membros da organização reforcem sua defesa, além dos temores europeus de que a Rússia represente uma ameaça crescente à segurança após a invasão da Ucrânia em 2022.
A Rússia, que está gastando mais de 40% do orçamento deste ano em defesa e segurança, nega qualquer intenção de atacar um Estado da Otan.
O Kremlin acusou a aliança nesta semana de retratar a Rússia como um “demônio do inferno” para justificar sua “militarização desenfreada”.