Joerg Kukies afirma que a condenação à “guerra de agressão da Rússia” pelo grupo é muito clara, especialmente no terceiro aniversário do conflito
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A Rússia não será readmitida no Grupo dos Sete, como o presidente dos EUA, Donald Trump, solicitou, anunciou o ministro das Finanças alemão, Joerg Kukies, à Reuters em uma entrevista.
“A condenação do G7 à guerra de agressão da Rússia é muito clara, especialmente no terceiro aniversário do ataque brutal da Rússia”, falou Kukies, acrescentando que a proposta de Trump não obteria a unanimidade necessária.
Kukies viajará nesta terça-feira (25) para a Cidade do Cabo para participar da reunião dos ministros das finanças do G20. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, ficará de fora devido a um conflito de agenda.
O estado atual da economia global será um tópico central das reuniões.
“Realmente precisamos embarcar novamente em um caminho de crescimento econômico”, disse o ministro das Finanças. A Alemanha “tem muito dever de casa a fazer”, acrescentou.
Kukies foi nomeado ministro das finanças pelo chanceler Olaf Scholz em novembro, após o colapso da coalizão de governo de Scholz, e deve ocupar cargo até que um novo governo seja formado após a eleição de domingo (23), que foi vencida pelos conservadores de Friedrich Merz.
Uma guerra comercial entre os EUA e a União Europeia pode ser evitada, pois ambos os lados estão dispostos a negociar, disse Kukies. “Ninguém tem interesse em começar uma guerra comercial.”
O bloco, de 27 membros, pode ser atingido especialmente pelo plano de tarifas recíprocas de Trump para aumentar as taxas de importação dos Estados Unidos para corresponder às tarifas e outros impostos cobrados por outros países.
O ministro das Finanças alemão comentou que o superávit da UE em bens exportados para os Estados Unidos foi quase compensado por um superávit americano em serviços exportados para a Europa.
“Se você somar os dois desequilíbrios no lado comercial, eles resultam em um número razoavelmente pequeno”, afirmou ele.
Joerg Kukies disse que o G7 poderia discutir propostas de longa data para usar US$ 300 bilhões de ativos soberanos russos congelados na Europa para a reconstrução da Ucrânia, “mas as discussões estão apenas começando. Provavelmente é um pouco cedo para dizer.”
Fontes relataram à Reuters que Moscou poderia concordar em um futuro acordo de paz para usar os ativos congelados para reconstrução, desde que parte do dinheiro seja gasto em partes da Ucrânia agora controladas por forças russas.
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