Kremlin reforçou várias vezes que não vai negociar se Kiev não desistir de entrar na Otan
Este conteúdo foi originalmente publicado em Rússia reforça que ainda não há espaço para negociações de paz com a Ucrânia no site CNN Brasil. Internacional, Estados Unidos, Kremlin, Moscou, Otan, Rússia, Rússia x Ucrânia, Ucrânia CNN Brasil
Ainda não há motivos para negociações sobre como encerrar a guerra na Ucrânia, disse a Rússia nesta quarta-feira (4). Os comentários sobre as negociações de paz se tornaram mais frequentes desde que Donald Trump venceu a eleição presidencial dos Estados Unidos no mês passado.
“Ainda não há motivos para negociações”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ao jornal Izvestia, reiterando a posição de Moscou sobre as conversas.
“Muitos países declararam estar prontos para fornecer seu território… e somos gratos a todos os países por essa boa vontade, incluindo o Catar.”
O Catar mediou vários retornos de crianças ucranianas levadas da zona de conflito para a Rússia desde o início da guerra. Milhares de civis, a grande maioria deles ucranianos, foram mortos desde que a Rússia lançou sua invasão em grande escala no país vizinho em fevereiro de 2022.
Valentina Matviyenko, presidente do Conselho da Federação, a câmara alta do Parlamento russo, disse na segunda-feira (2) que poderia haver tentativas de iniciar negociações de paz com a Ucrânia em 2025.
No final de novembro, fontes disseram à Reuters que o presidente russo, Vladimir Putin, estava aberto a discutir um acordo de cessar-fogo na Ucrânia com Trump e poderia concordar em congelar o conflito nas linhas de frente.
As forças russas controlam cerca de 20% do território da Ucrânia e têm avançado ultimamente no ritmo mais rápido desde os primeiros dias da guerra.
Mas o Kremlin tem dito repetidamente que não negociará com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a menos que a Ucrânia renuncie à sua ambição de se juntar à Otan e retire suas tropas dos territórios atualmente controlados pelas tropas russas.
A Ucrânia, que na terça-feira (3) declarou que não se contentaria com nada menos do que a adesão à Otan para garantir sua segurança futura, também disse que não comprometerá seu território.
O governo em fim de mandato do atual presidente dos EUA, Joe Biden, o maior apoiador da Ucrânia, procurou apoiar Kiev antes de deixar o cargo e permitiu que a Ucrânia usasse mísseis norte-americanos de longo alcance para atacar a Rússia.
Na segunda-feira, o governo norte-americano aprovou outro pacote de ajuda militar a Kiev, desta vez no valor de 725 milhões de dólares.
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