Réus estão presos e aguardarão data do julgamento; crime ocorreu em novembro de 2024 após Marcelo Edimar da Silva pular o muro do Autódromo de Interlagos; São Paulo, -agencia-cnn-, Assassinato, Autódromo de Interlagos, Casos, Crimes, Ministério Público CNN Brasil
A Justiça do Estado de São Paulo determinou que dois seguranças acusados de torturar e matar um catador de materiais recicláveis dentro do Autódromo de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo, em novembro de 2024, irão a júri popular. A CNN teve acesso a decisão nesta sexta-feira (15).
O crime ocorreu após Marcelo Edimar da Silva ter pulado o muro para dentro do Autódromo, enquanto os agentes Emerson Silva de Brito e Francisco das Chagas de Souza Alves estavam realizando a segurança do local.
O MPSP (Ministério Público de São Paulo) acusa os réus de deferirem socos, chutes e golpes em Marcelo. Além de dificultarem a defesa dele ao amarrarem pés e mãos e o torturarem até a morte.
Eles alegam que foram ao encontro da vítima para “impedir algum tipo de furto” e agiram em “legítima defesa”, entretanto testemunhas relatam que os agentes não aparentavam estar machucados. Francisco trabalhava como supervisor de segurança e Emerson como vigilante.
Os dois encontram-se atualmente em regime fechado após serem presos em flagrantes por um policial no dia do crime. Um dia depois, em audiência de custódia, tiveram a prisão convertida em preventiva.
Apesar da decisão, o processo ainda está em fase de recurso e só depois de finalizado é que será marcada a data do julgamento.
Morte de empresário no Autódromo
Um outro caso gerou repercussão nacional e ocorreu também nas proximidades do Autódromo de Interlagos. O empresário Adalberto Amarílio Dos Santos Júnior, de 36 anos, foi encontrado morto em pé, sem calça e sem tênis, em junho deste ano, após semanas de busca depois que a polícia foi acionada por seu desaparecimento.
O corpo foi encontrado dentro de um buraco, com cerca de 2 metros de profundidade e 50 centímetros de largura, em uma área que, segundo a Prefeitura de São Paulo, estava sinalizada e isolada.
A Polícia Civil de São Paulo, que está investigando o caso, apreendeu os celulares de seguranças que trabalhavam no local. Eles também são tratados como suspeitos por participação da morte do empresário. No entanto, ainda não há presos ou acusados.
De acordo com o laudo pericial, a principal causa da morte de Aldaberto foi asfixia. O caso ainda segue em processo de investigação.
*Sob supervisão de Carolina Figueiredo

