Parlamentares ligados ao agro cobram resposta da Fazenda a demandas do setor
Este conteúdo foi originalmente publicado em Sem resposta à carta, Heinze quer convocação de Haddad no Senado no site CNN Brasil. Política, Fernando Haddad, Luis Carlos Heinze, Senado CNN Brasil
O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) afirmou ter apresentado um pedido de convocação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), para prestar esclarecimentos na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado.
Após ser protocolado, o requerimento precisa ser pautado pela presidência da comissão e aprovado pelo colegiado. Segundo o senador, o pedido será apresentado na tarde desta terça-feira (8).
Heinze afirma que, em 17 de março, políticos e representantes do agronegócio enviaram à Fazenda uma carta com sugestões para mitigar os impactos enfrentados pelos produtores rurais. O documento foi elaborado durante um painel da Expodireto, uma das maiores feiras do setor.
Mais de três semanas depois, segundo o senador, não houve resposta nem manifestação por parte do ministério.
A carta pede, entre outros pontos, apoio à discussão do Projeto de Lei nº 320/2025, que trata da securitização das operações de crédito rural contratadas até 30 de junho de 2025. O grupo também solicita:
- Aumento do prazo para pagamento e redução dos juros que permitam a amortização das dívidas em até 20 anos;
- Inclusão de operações judicializadas para garantir que produtores que enfrentam disputas judiciais possam aderir ao programa de securitização;
- Estabelecimento de uma linha especial de crédito pelo BNDES para a recuperação do solo e projetos de irrigação frente às adversidades climáticas.
A crise no setor, segundo a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), resultou em perdas de mais de 40 milhões de toneladas de grãos entre 2020 e 2024 — um prejuízo direto de R$ 117 bilhões e impacto de R$ 319 bilhões na economia nacional, o equivalente a 49% do PIB gaúcho.
Nos últimos quatro anos, o estado foi atingido por estiagens prolongadas, chuvas intensas e enchentes devastadoras.
A CNN procurou o ministro da Fazenda para comentar a questão, mas ainda não recebeu retorno.
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