Secom evita falar em local ou data, mas ressalta disposição do governo para negociar o que for necessário, exceto soberania Política, -agencia-cnn-, Donald Trump, Luiz Inácio Lula da Silva (Lula), Sidônio Palmeira CNN Brasil
O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, manteve nesta quarta-feira (1º) previsão para que a reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aconteça nos próximos dias. Evitou, no entanto, falar em data ou local.
Sidônio destacou a importância do contato entre os dois presidentes durante a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) e reforçou que Lula se apresentará aberto para negociar tudo, exceto no que diz respeito às questões de soberania do Brasil.
“Foi muito importante a ida do presidente lá na ONU, a fala dele e, posteriormente, a conversa com o presidente dos EUA. Existe uma expectativa e o governo brasileiro está disposto a negociar, aberto para isso. A única coisa que não está na mesa de negociação é a nossa soberania. Acho que esse encontro deve acontecer nos próximos dias”, disse Sidônio após participar da Repcom Brasília, evento promovido pelo grupo FSB Holding para discutir comunicação pública e gestão de reputação.
Desde o retorno de Lula de Nova York, o governo brasileiro tenta fechar os últimos detalhes com a Casa Branca para a realização do encontro entre Trump e Lula.
Segundo diplomatas brasileiros e americanos, as duas gestões federais estão em contato desde a Assembleia Geral das Nações Unidas e discutem os detalhes para que a reunião seja marcada.
Imposto de renda
Na esteira da melhora da popularidade do governo, Sidônio reforçou a importância da votação no Congresso sobre a mudança nas faixas do Imposto de Renda. Segundo ele, a medida tem impacto direto na vida de milhões de brasileiros e no equilíbrio social.
“É importante que as pessoas que ganham até R$ 5 mil paguem zero de imposto de renda e, por outro lado, quem ganha acima de milhão paguem 10%. É diminuir um pouco a desigualdade social e diminuir privilégios.”, afirmou o ministro.
A proposta – que é promessa de campanha de Lula – é pauta única para ser votada ainda nesta quarta (1º) na Câmara. O texto prevê a ampliação da faixa de isenção para trabalhadores com renda mensal de até R$ 5 mil, medida que deve beneficiar diretamente a classe média e os assalariados de menor renda.
Pesquisa PoderData divulgada também nesta quarta aponta que 51% dos brasileiros desaprovam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O percentual oscilou para baixo, dentro da margem de erro, comparado ao último levantamento, divulgado em julho, quando era de 53%.

