Ao participar do CNN Talks COP30, Silvana Machado, diretora executiva de Sustentabilidade do Bradesco, destacou o papel dos bancos na construção de uma economia de baixo carbono Nacional, Bancos, Bradesco., COP30, Sustentabilidade CNN Brasil
Durante sua participação no evento CNN Talks COP30 – Resiliência Climática, realizado na última terça-feira (8), Silvana Rosa Machado, diretora executiva de Sustentabilidade do Bradesco, destacou o papel estratégico do sistema financeiro no enfrentamento das mudanças climáticas.
Silvana ressaltou que o risco climático deixou de ser uma preocupação futura e já impacta diretamente a economia e a sociedade. “O risco climático não é um tema do futuro, como se falava antigamente. Ele está aqui”, disse. Segundo ela, o cenário demanda que bancos e instituições financeiras atuem de forma cada vez mais ativa na transição para uma economia sustentável. “O financiamento para a transição rumo a uma economia de baixo carbono é essencial. É preciso considerar a economia real. O setor financeiro é determinante para viabilizar essa transformação”, completou.
A executiva destacou duas frentes de atuação do Bradesco: engajar e conscientizar clientes, de todos os portes, com orientação sobre os desafios da transição; além de oferecer financiamento e capital para que as organizações possam adaptar suas operações e inovar. “Atuamos como uma consultoria, apoiando nossos clientes a entenderem o caminho da transição”, explicou.
Foco no futuro
Silvana reafirmou as metas de sustentabilidade do Bradesco em que o banco atingiu, ainda em 2024, os compromissos estabelecidos para 2025. Agora, a meta é alcançar R$ 350 bilhões em negócios sustentáveis até o fim deste ano, além de zerar as emissões líquidas de carbono até 2050.
Apesar dos avanços, ela apontou desafios que precisam ser superados para acelerar essa transformação. Entre eles estão a necessidade de uma regulação mais estável e transparente, com exemplos como a taxonomia sustentável, e o reforço da capacitação técnica, dados confiáveis e métricas padronizadas. “Com projetos viáveis e dados claros, o capital flui. E é isso que precisamos para acelerar a transição”, destacou.
Ao comentar a realização da COP30 no Brasil, em Belém, Silvana destacou a oportunidade para o país liderar a agenda ambiental global. “É um ano especial. A COP no Brasil é uma chance de sermos protagonistas. Não só nas negociações, mas na execução. É hora de sair da ambição e partir para a implementação”, concluiu.