Marcelo Podgaetz, residente em Tel Aviv, descreve a situação atual no país, incluindo escassez de alimentos e fechamento do comércio Internacional, -transcricao-de-videos-, Guerra de Israel, Israel, Oriente Médio CNN Brasil
Marcelo Podgaetz, brasileiro residente em Tel Aviv, Israel, compartilhou como foram os dias durante a atual situação de tensão no país em meio aos ataques iranianos. Em entrevista ao Bastidores CNN, ele descreveu um cenário de apreensão e mudanças significativas no cotidiano da população.
Segundo Podgaetz, os ataques têm ocorrido diariamente desde a última sexta-feira (13), atingindo diversas regiões do país. “Eles buscam não só a parte da população civil, mas lugares estratégicos”, explicou. O brasileiro acredita que os ataques continuarão, especialmente durante a noite.
Impacto no dia a dia
A situação atual em Israel lembra, segundo Podgaetz, o período da pandemia de COVID-19. Ele relatou que desde sexta-feira (13) as pessoas têm corrido aos supermercados, resultando em escassez de itens essenciais como carne e frango. O comércio está amplamente fechado, com apenas farmácias e supermercados em funcionamento.
Podgaetz também comentou sobre a desconfiança do governo israelense em relação às declarações iranianas. “O governo aqui de Israel não acredita muito, porque essa história já vem há mais de 20 anos”, afirmou, referindo-se às promessas não cumpridas pelo Irã sobre seu programa nuclear.
Relações complexas na região
Apesar da tensão política, Podgaetz ressaltou que a relação entre os povos israelense e iraniano é excelente. Ele mencionou a existência de uma grande comunidade iraniana em Israel e lembrou que, até 1979, havia voos diários entre Tel Aviv e Teerã.
O brasileiro explicou que o conflito atual não reflete o desejo da população, mas sim as ações de um regime que “promove o terrorismo”. Ele enfatizou que o interesse de Israel é “simplesmente parar com esse terrorismo internacional” e que ninguém deseja a guerra.
Podgaetz também mencionou o apoio velado de países do Golfo, como Catar e Arábia Saudita, a Israel neste conflito, visando conter a ameaça que o Irã representa para a região.