Queda no preço da soja e menor volume de exportação do café foram fatores determinantes para o resultado negativo do setor agropecuário em junho Macroeconomia, -transcricao-de-video-money-, CNN Brasil Money, estilo-cnn-money, Ibc-br CNN Brasil
O setor agropecuário brasileiro registrou uma retração de 2,3% em junho, de acordo com o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) do Banco Central. No segundo trimestre, o recuo foi ainda mais expressivo, chegando a 3,1%.
A queda significativa está diretamente relacionada à redução no preço da soja, principal commodity do agronegócio brasileiro, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Além disso, o cenário foi agravado por um impacto no volume de consumo doméstico.
O setor cafeeiro também influenciou negativamente o indicador. Apesar de registrar preços 70% superiores em relação ao ano anterior, o volume de exportações apresentou uma redução de aproximadamente 40%, limitando as operações comerciais dos produtores.
Para os próximos meses, existe expectativa de melhora no acumulado. A safra de milho, estimada em 137 milhões de toneladas para a temporada 2024-25, representa um aumento significativo em relação às 126 milhões de toneladas do período anterior. No entanto, os preços mais baixos das commodities podem contrabalancear o ganho em volume.
Cenário cambial
A variação do câmbio tem exercido influência nos resultados do setor. Com o dólar operando próximo a R$ 5,45-5,50, diferente do patamar de R$ 5,60 observado no segundo semestre do ano anterior, o impacto nas exportações tem sido significativo. Além disso, a queda nos preços internacionais da soja na Bolsa de Chicago também contribuiu para o resultado negativo.
O último trimestre do ano pode enfrentar desafios adicionais caso o real mantenha-se no patamar atual. Uma eventual depreciação da moeda brasileira poderia auxiliar o setor, porém, mantendo-se o câmbio próximo a R$ 5,60, as perspectivas indicam um período complexo para o agronegócio.