Ação aconteceu após uma delegação diplomática se desviar de rota aprovada em Jenin, na Cisjordânia
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O exército israelense afirmou que realizou disparos próximos a uma delegação diplomática que, segundo eles, havia saído da rota autorizada na Cisjordânia ocupada, nesta quarta-feira (21).
Fontes diplomáticas afirmaram que diplomatas europeus faziam parte da delegação na cidade de Jenin, na Cisjordânia.
O exército declarou que “a delegação se desviou da rota aprovada e entrou em uma área onde não tinha permissão para estar”, acrescentando que os soldados dispararam “tiros de advertência para afastá-los”.
Não houve feridos ou danos, informou o exército.
A chefe de política externa da União Europeia, Kaja Kallas, afirmou que soube do incidente, ocorrido durante uma visita de diplomatas organizada pela Autoridade Palestina.
“Definitivamente pedimos a Israel que investigue este incidente e também responsabilize aqueles que são responsáveis por isso e por quaisquer ameaças à vida dos diplomatas”, disse ela.
O Ministério das Relações Exteriores da Espanha informou que um espanhol estava entre o grupo de diplomatas, mas não se feriu.
“Estamos em contato com outros países afetados para coordenar uma resposta conjunta ao que aconteceu, o qual condenamos veementemente”, disse em comunicado.
O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou no X (antigo Twitter) que o embaixador de Israel em Roma seria convocado para explicar a situação.
Imagens da televisão israelense mostraram indivíduos correndo para veículos com placas diplomáticas enquanto tiros eram ouvidos à distância.
O Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Palestina disse que “a delegação estava realizando uma missão oficial para observar e avaliar a situação humanitária e documentar as violações contínuas perpetuadas por Israel”. O ministério classificou as ações do exército israelense como uma violação do direito internacional.
O exército israelense matou dezenas de palestinos e destruiu muitas casas na Cisjordânia desde que iniciou uma operação em janeiro na cidade de Jenin para erradicar militantes.
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