Aziz reconhece derrota na CPMI, destaca legitimidade da votação e afirma que seu compromisso é com o país Política, CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito), INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Omar Aziz CNN Brasil
Após ser derrotado na disputa pela presidência da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS, o senador Omar Aziz (PSD-AM) se pronunciou em tom conciliador. À CNN, ele reconheceu o resultado e negou qualquer articulação por votos no Congresso.
“Carlos Viana teve mais votos e pronto”, disse Aziz. “Sou um democrata, sei reconhecer que perdi. Não houve movimento no Congresso por barganha de votos.” Para ele, o processo foi legítimo: “É democrático, como o das urnas eletrônicas, do nosso sistema eleitoral.”
Apesar da derrota, Aziz demonstrou respeito pelo adversário e disse torcer pelo sucesso da comissão. “Estimo bastante o Carlos Viana. O que posso fazer agora é torcer para que ele faça um trabalho correto de investigação.” E completou: “O sentimento não é de completa derrota. Afinal, eu torço e trabalho pelo Brasil.”
A eleição para a presidência da CPMI ocorreu nesta quarta-feira (20) e terminou com vitória da oposição. Carlos Viana (Podemos-MG) foi eleito por 17 votos contra 14 de Omar Aziz, que havia sido indicado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), com apoio do governo federal.
A CPMI foi criada para investigar fraudes e descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS, após denúncias da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União. Composta por 32 titulares — 16 senadores e 16 deputados — a comissão tem prazo inicial de 120 dias para concluir os trabalhos.
Como primeiro ato, Viana indicou o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), aliado do bolsonarismo, para a relatoria. A escolha reforça a expectativa de que a oposição utilizará a CPMI como instrumento de pressão política sobre o governo Lula.
Omar Aziz já presidiu a CPMI da Covid-19 em 2021, comissão que teve grande repercussão ao apurar ações e omissões do governo federal durante a pandemia. Sua atuação foi marcada por embates intensos e ampla cobertura midiática, consolidando seu perfil como figura central em investigações parlamentares.

