A Stellantis decidiu voltar com a Street and Racing Technology, muito mais conhecida como SRT. Após anos em segundo plano, a lendária divisão de performance criada nos tempos do Dodge Viper foi oficialmente reativada. E quem assumirá o comando é Tim Kuniskis, CEO da RAM e um dos principais responsáveis pela era dos Hellcat da Dodge.
A decisão de ressuscitar a SRT tem um significado importante dentro da estratégia da Stellantis para as marcas americanas. A divisão vai reunir os esforços de engenharia de alto desempenho das marcas Dodge, Chrysler, Jeep e Ram, funcionando como uma central de desenvolvimento para versões esportivas, peças oficiais e ações no automobilismo.

Segundo a marca, a SRT será a ligação entre o desenvolvimento dos veículos de rua e os programas de corrida da empresa nos Estados Unidos. Isso inclui a responsabilidade sobre a Direct Connection — braço de peças e preparações da Dodge. Eles também comandarão iniciativas de competição, como o programa da NHRA (Associação Nacional de Hot Rods) e o retorno da Ram à NASCAR Truck Series, previsto para 2026.
Kuniskis, acredita que reativar a divisão é uma maneira de alinhar os lançamentos futuros com o DNA esportivo. Em entrevista ele declarou “estamos trazendo a banda de volta”, destacando que a SRT terá papel central na nova fase da Stellantis nos EUA.
Vale lembrar que a SRT tem uma história longa e respeitada. Surgiu oficialmente em 2004, substituindo a antiga PVO (Performance Vehicle Operations), e assinou carros lendários como o Viper, o Neon SRT‑4 e o Challenger Hellcat.

Em 2011 chegou a operar como uma marca independente, mas voltou a ser uma subdivisão técnica pouco depois. Com o tempo, acabou sendo absorvida pelas demais áreas de engenharia do grupo.
O grupo ainda não divulgou quais modelos serão lançados pela SRT no futuro, mas há indicativos de projetos em desenvolvimento que vão explorar tanto motores a combustão quanto soluções eletrificadas. Em outras palavras, a SRT pretende entregar desempenho bruto como antes — mas agora também com foco em eficiência e tecnologia.
Na prática, a volta da SRT é mais uma mudança nos rumos da Stellantis após a saída do português Carlos Tavares do comando do conglomerado – que agora está nas mãos do italiano Antonio Filosa, que já comandou as operações da empresa no Brasil. Outra mudança de planos foi a retomada da produção dos motores V8 Hemi para as picapes Ram.