O Supremo Tribunal Federal (STF) adotou uma medida incomum nesta terça-feira (23) ao recolher e lacrar os celulares de todos os presentes no julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra um dos grupos acusados de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. A informação foi divulgada pelo portal Metrópoles.
De acordo com a reportagem, o público que compareceu à sessão da Primeira Turma da Corte foi informado, ainda na entrada, de que não poderia permanecer com seus aparelhos eletrônicos durante o julgamento. Os celulares foram acondicionados em sacos plásticos semelhantes aos utilizados em concursos públicos, e lacrados pela segurança.
A medida está relacionada a uma decisão do ministro Alexandre de Moraes que envolve Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Moraes determinou que Martins não pode ser filmado e autorizou sua prisão apenas em caso de gravação deliberada de vídeos. Para evitar qualquer descumprimento, o STF optou por estender a proibição a todos os presentes na sessão.
O julgamento em curso analisa a denúncia contra o chamado “núcleo 2”, composto por seis réus, entre eles o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques. Ele é acusado de ter coordenado ações com o objetivo de viabilizar um golpe de Estado após as eleições de 2022.
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