Para o governador de São Paulo, Lula não entendeu que “ideologia e aritmética não se misturam” Política, Donald Trump, Estados Unidos, São Paulo (estado), Tarcísio de Freitas CNN Brasil
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que o anúncio de Donald Trump “demanda uma profunda reflexão” e que cabe ao governo federal resolver a questão com “maturidade política”.
Na avaliação do governador, a imposição de uma tarifa de 50% ao Brasil representa desafios comercial e político, “com reflexos importantes para todo o setor produtivo nacional”.
“Cabe agora ao governo federal o esforço diplomático para resolver a questão com maturidade política e visão de Estado, sem se esconder atrás de narrativas, sem responsabilizar quem não está no poder. A responsabilidade é de quem governa”, afirmou.
O governador de São Paulo lembrou que os Estados Unidos são os maiores investidores diretos no Brasil e reforçou que os dois países sempre tiveram uma “excelente relação”.
Segundo ele, as tarifas prejudicam as exportações de maior valor agregado e que, por isso, o Brasil deve buscar uma relação de proximidade com os Estados Unidos.
“Esse movimento dos Estados Unidos demanda uma profunda reflexão sobre de que forma estamos construindo nossas negociações”, ressaltou.
Para o governador, entre as vinte maiores economias do mundo, o Brasil tem se mostrado a mais distante da Casa Branca e não tem mantido ativamente negociações bilaterais com os Estados Unidos.
“Parece que o governo Lula não entendeu ainda que ideologia e aritmética não se misturam. Resolver os problemas das pessoas, das nossas empresas, dos nossos exportadores é mais importante do que o revanchismo, a bravata e a construção de narrativas”, criticou.
O governador citou como exemplo de negociação madura o México. Segundo ele, nesse caso, as diferenças foram deixadas de lado e o pragmatismo imperou. Ele também fez referência à Argentina, que tem estabelecido negociações com os americanos.
“Não podemos imaginar que as duas maiores economias do nosso continente e as duas maiores democracias do Ocidente estejam tão distantes”, avaliou.