Polícia diz que os equipamentos foram encomendados por facção do RS Rio Grande do Sul, -agencia-cnn-, Polícia CNN Brasil
Dois funcionários terceirizados que atuam dentro do complexo industrial da Taurus em São Leopoldo (RS) foram presos por suspeita de desviar e tentar comercializar mais de 1.800 carregadores de pistola 9 mm. Segundo a Polícia Civil, o material foi encomendado e seria vendido para integrantes de uma facção criminosa com atuação em Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre.
De acordo com o delegado Alexandre Fleck, responsável pela investigação, os suspeitos prestam serviço de segurança para a TJM, empresa que fabrica carregadores de pistola dentro do condomínio da Taurus. O prejuízo para a empresa passaria de R$800 mil.
“No mercado legal, cada carregador custa em torno de R$ 400 a R$ 500, dependendo do modelo. Ali tinham três modelos, todos 9 mm”, detalhou Fleck.
A investigação teve início após a polícia receber informações sobre a negociação dos carregadores com membros de uma facção. “Recebemos a informação da negociação destes carregadores com integrantes de uma facção de Gravataí. Foi assim que descobrimos a existência desse esquema”, afirmou o delegado.
Os homens foram enquadrados pelo crime de receptação e foram soltos após pagar fiança. Um dos suspeitos, flagrado com mais de 1.800 carregadores, pagou R$ 15 mil. O outro, que estava com quantidade menor, pagou R$ 5.000. Ambos respondem ao processo em liberdade provisória.
Segundo Fleck, a legislação brasileira não trata o carregador como acessório de arma de fogo na lei de armas. “No entendimento da nossa Justiça, o carregador não constitui acessório de arma de fogo para fins da Lei de Armas. Então, um porte de acessório não entra como tráfico de armas, entra só como receptação”, explicou.
A CNN entrou em contato com a Taurus e aguarda posicionamento.