Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima criticou saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris
Este conteúdo foi originalmente publicado em Trump confirma prognósticos mais pessimistas, diz Marina Silva no site CNN Brasil. Política, Donald Trump, Estados Unidos, Marina Silva CNN Brasil
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou nesta segunda-feira (20) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “começou a confirmar os prognósticos mais pessimistas sobre os tempos desafiadores que virão”.
Trump tomou posse nesta segunda-feira, em Washington, para um novo mandato de quatro anos. Entre os primeiros anúncios feitos pelo presidente está a saída dos EUA do Acordo de Paris, tratado global assinado em 2015 com objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, para evitar os piores impactos das mudanças climáticas. Os Estados Unidos são, atualmente, o segundo maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, atrás somente da China.
“Seus primeiros anúncios vão na contramão da defesa da transição energética, do combate às mudanças climáticas e da valorização de fontes renováveis na produção de energia”, afirmou a ministra Marina Silva, em nota oficial.
Marina também disse enxergar, com “enorme preocupação”, o anúncio de que Trump pretende acabar com o Green New Deal, marco que prevê a promoção de um modelo econômico sustentável no país. Além disso, a ministra criticou a promessa de retomar a indústria automotiva dos EUA, sem priorizar veículos elétricos e valorizando combustíveis fósseis.
“Resta trabalhar para que a governança climática, hoje mais madura e robusta do que no primeiro governo Trump, crie anteparos para evitar avanços da força gravitacional negacionista, que já inflaciona decisões políticas e empresariais na direção oposta de compromissos firmados anteriormente”, afirmou a ministra.
Marina afirmou que os anos do mandato de Trump “serão tempos desafiadores para o mundo inteiro”. “Resta enfrentá-los com informação, compromisso com a vida e capacidade de negociação política”, concluiu a ministra.
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