Presidente dos Estados Unidos diz que taxa de juros americana deveria ter caído “há muito tempo” e ressalta que vai manter política tarifária
Este conteúdo foi originalmente publicado em Trump critica política monetária de Powell e pede demissão do chair do Fed no site CNN Brasil. Macroeconomia, CNN Brasil Money, Donald Trump, FED (Federal Reserve System), Jerome Powell CNN Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta quinta-feira (17) a demissão de Jerome Powell do cargo de chair (presidente) do Federal Reserve, o banco central americano, em uma publicação nas redes sociais.
Trump criticou a política monetária de Powell e citou como exemplo o ciclo monetário de cortes na taxa de juros da zona do euro praticado pelo BCE (Banco Central Europeu), em publicação feita na rede Truth Social.
“Espera-se que o BCE corte as taxas de juros pela sétima vez, e, no entanto, o ‘tarde demais’ Jerome Powell, do Fed, que sempre chega ‘tarde demais e errado’, divulgou ontem um relatório que foi mais uma típica confusão completa!”, afirmou.
O republicano também ressaltou que a política tarifária imposta pela Casa Branca será mantida, após Powell dizer na quarta-feira (16) que a guerra comercial pode atrapalhar o duplo mandato do Fed de manter a inflação dentro da meta e o país com pleno emprego.
“Os preços do petróleo caíram, os alimentos (até os ovos!) caíram, e os EUA estão ficando rico em tarifas. O ‘tarde demais’ deveria ter reduzido as taxas de juros há muito tempo, como o BCE fez, mas certamente deveria reduzi-las agora. A demissão de Powell não chega rápido o suficiente!”, acrescentou Trump.
Powell participou na véspera de um evento organizado pelo Clube Econômico de Chicago, onde fez críticas às taxas recíprocas anunciadas pelo governo americano.
“O nível dos aumentos tarifários anunciados até agora é significativamente maior do que o previsto. Podemos nos encontrar no cenário desafiador em que nossos objetivos de duplo mandato estão em tensão”, disse na ocasião.
Jerome Powell está em seu segundo mandato como presidente do Fed. O ex-banqueiro começou no cargo em 2018 e seguirá na função até 2026.
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