Presidente também anunciou “perdão total” a ex-presidente hondurenho, condenado por conspiração para importação de cocaína e crimes relacionados a armas Internacional, Donald Trump, Eleições, Estados Unidos, Honduras CNN Brasil
Na sexta-feira (28), o presidente Donald Trump falou sobre as eleições presidenciais em Honduras, que acontecerão no domingo (30), em que voltou a declarar publicamente apoio ao candidado Nasry “Tito” Asfura, do Partido Nacional.
“Se Tito Asfura ganhar a presidência de Honduras, porque os Estados Unidos têm muita confiança nele, em suas políticas e no que ele fará pelo Grande Povo de Honduras, seremos muito apoiadores”, escreveu o presidente americano na Truth Socail. “Se ele não ganhar, os Estados Unidos não estarão jogando dinheiro bom após o ruim, porque um líder errado só pode trazer resultados catastróficos para um país, independentemente de qual país seja”, completou dizendo que Honduras e Estados Unidos trabalharão em estreita colaboração.
Trump também anunciou que concederia “perdão completo e total” ao ex-presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández. O ex-mandatário foi condenado nos Estados Unidos por conspiração para importação de cocaína e crimes relacionados a armas. Ele cumpre pena de 45 anos de prisão nos EUA.
Na publicação, o presidente americano diz que Hernández foi tratado de forma muito severa e injusta e “que isso não pode ser permitido, especialmente agora, após Tito Asfura ganhar a eleição, quando Honduras estará a caminho de um Grande Sucesso Político e Financeiro.”
Quem é Nasry “Tito” Asfura
Político e empresário de 67 anos, Asfura está concorrendo à presidência pela segunda vez consecutiva como candidato do Partido Nacional, alinhado com a direita conservadora, e cujo último presidente, Juan Orlando Hernández (2014-2022), cumpre pena nos Estados Unidos por acusações de tráfico de drogas.
O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou seu apoio a Asfura, chamando-o em uma postagem no Truth Social de “o único verdadeiro amigo da liberdade em Honduras” e pedindo para que as pessoas votem nele.
Asfura nasceu em Tegucigalpa em 8 de junho de 1958, em uma família de descendência palestina. Ele estudou engenharia civil, mas não concluiu o curso. Nos anos 1990, entrou para a vida pública durante a administração de Nora Gúnera, ex-primeira-dama e a primeira mulher prefeita de Tegucigalpa, de 1990 a 1994.
Como um oficial eficiente, mas de perfil discreto, fez parte de administrações subsequentes da cidade e também foi deputado e ministro do investimento social.
Nas eleições gerais de 2013, Asfura tornou-se prefeito do Distrito Central, que inclui Tegucigalpa e Comayagüela. Sua administração foi marcada pela construção de projetos de infraestrutura viária, o que lhe garantiu a reeleição em 2017. Durante esse período, ele ganhou o apelido de “Papi, a seu serviço” por conta das suas obras públicas.
Apesar de projetar uma imagem modesta e trabalhadora, sempre vestido com jeans e mangas arregaçadas, Asfura está sendo investigado, junto com outros ex-funcionários de sua administração na capital, por supostamente fazer parte de um esquema de desvio de fundos públicos e lavagem de dinheiro. O candidato afirmou que as ações contra ele são politicamente motivadas e nega qualquer irregularidade.
“Extremos não funcionam”, disse ele durante a campanha, quando foi questionado se representa a extrema-direita. “Devemos buscar um equilíbrio (…) As pessoas não se importam se você é feio ou bonito, de esquerda ou de direita, verde, vermelho ou azul; o que elas querem são soluções.”
Ele afirmou que o investimento privado é necessário para avançar o país, e sua agenda política é focada em empregos, educação e segurança.
*Com informações da Reuters

