Segundo o presidente dos EUA, a Autoridade Palestina só teria a si mesma para “culpar” se a paz não fosse alcançada Internacional, Donald Trump, EUA, Gaza, Israel, Oriente Médio, Palestina CNN Brasil
O líder americano Donald Trump disse nesta segunda-feira (29) que os Estados Unidos estão oferecendo aos palestinos uma oportunidade de “assumir a responsabilidade por seu destino” por meio de seu plano de paz entre Israel e Gaza.
Segundo Trump, a Autoridade Palestina só teria a si mesma para “culpar” se a paz não fosse alcançada.
“Desafio os palestinos a assumirem a responsabilidade por seu destino, porque é isso que estamos dando a eles”, disse Trump em uma entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
“Eles não querem a vida que tiveram. Tiveram uma vida difícil com o Hamas. Se a Autoridade Palestina não concluir as reformas que eu propus, minha visão de paz em 2020, eles só terão a si mesmos para culpar”, acrescentou Trump.
O líder americano reconheceu a incerteza sobre o futuro dos palestinos, mas disse que o foco é primeiro acabar com a guerra e devolver os reféns restantes mantidos em Gaza.
“Ninguém sabe realmente o que o futuro reserva para os palestinos, mas o plano que apresentamos hoje está focado em acabar com a guerra imediatamente, resgatar todos os nossos reféns, recuperar tudo — é difícil de acreditar quando você diz isso — e criar condições sustentáveis para a segurança israelense e o sucesso palestino”, disse Trump.
Entenda o plano dos EUA para Gaza
A Casa Branca divulgou nesta segunda-feira (29) os principais pontos do plano apresentado pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para acabar com a guerra na Faixa de Gaza.
A proposta do governo americano prevê um governo internacional temporário, que seria chamado de “Conselho da Paz”, chefiado e presidido por Trump, com outros membros e chefes de Estado a serem anunciados, incluindo o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair.
O controle de Gaza seria posteriormente cedido à Autoridade Palestina.
O plano apresentado por Trump prevê um cessar-fogo permanente e a libertação de todos os reféns que continuam nas mãos do Hamas, vivos ou mortos.
Em troca, Israel libertará presos palestinos e devolverá restos mortais de pessoas de Gaza.
O acordo sugere ainda que Gaza não será anexada por Israel e que o Hamas não terá participação no governo do território. Integrantes do grupo palestino que se renderem seriam anistiados.
A proposta também inclui a retirada gradual das forças israelenses de Gaza e a desmilitarização do território.