Informação foi anunciada pelo pelo enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff Internacional, Casa Branca, Donald Trump, Estados Unidos, Faixa de Gaza, Marco Rubio, Steve Witkoff, Washington D.C. CNN Brasil
O enviado especial dos Estados unidos, Steve Witkoff, afirmou na terça-feira (26) que o presidente Donald Trump presidiria uma reunião sobre Gaza na Casa Branca nesta quarta-feira (27) e acrescentou que Washington espera que a guerra de Israel no território palestino seja resolvida até o final do ano.
O Departamento de Estado dos EUA informou separadamente que o secretário de Estado, Marco Rubio, se encontrará com o ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Saar, na capital americana nesta quarta-feira.
A informação foi divulgada em uma agenda pública regular para o dia seguinte, que indicava que a reunião no Departamento de Estado seria realizada às 15h15 (horário local).
Trump havia prometido um fim rápido para a guerra em Gaza durante a campanha eleitoral de 2024 nos Estados Unidos, após assumir o cargo em janeiro, mas, quase sete meses após o início de seu mandato, esse objetivo declarado permanece indefinido.
O mandato de Trump começou com um cessar-fogo que durou dois meses e terminou quando ataques israelenses mataram cerca de 400 palestinos em 18 de março.
Nas últimas semanas, imagens de palestinos famintos em Gaza, incluindo crianças, chocaram o mundo e aumentaram críticas a Israel sobre a piora das condições.
Questionado no programa “Special Report with Bret Baier”, da Fox News, se existe um plano pós-guerra para Gaza, Witkoff respondeu: “Sim, teremos uma grande reunião na Casa Branca amanhã, presidida pelo presidente, e é um plano muito abrangente que elaboraremos no dia seguinte.”
Ele não deu mais detalhes nem listou os participantes da reunião.
Quando questionado se Israel está fazendo algo diferente para encerrar a guerra e garantir a libertação dos reféns, Witkoff respondeu: “Acreditamos que vamos resolver isso de uma forma ou de outra, certamente antes do final deste ano.”
Ele afirmou que Israel está aberto a continuar as discussões com o grupo militante palestino Hamas, dizendo que o grupo sinalizou estar aberto a um acordo.
Entenda a guerra na Faixa de Gaza
A guerra na Faixa de Gaza começou em 7 outubro de 2023, depois que o Hamas lançou um ataque terrorista contra Israel.
Combatentes do grupo radical palestino mataram 1.200 pessoas e sequestraram 251 reféns naquele dia.
Então, tropas israelenses deram início a uma grande ofensiva com bombardeios e por terra para tentar recuperar os reféns e acabar com o comando do Hamas.
Os combates resultaram na devastação do território palestino e no deslocamento de cerca de 1,9 milhão de pessoas, o equivalente a mais de 80% da população total da Faixa de Gaza, segundo a UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos).
Desde o início da guerra, pelo menos 62 mil palestinos foram mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O ministério, controlado pelo Hamas, não distingue entre civis e combatentes do grupo na contagem, mas afirma que mais da metade dos mortos são mulheres e crianças. Israel afirma que pelo menos 20 mil são combatentes do grupo radical.
Parte dos reféns foi recuperada por meio de dois acordos de cessar-fogo, enquanto uma minoria foi recuperada por meio das ações militares.
Autoridades acreditam que cerca de 50 reféns ainda estejam em Gaza, sendo que cerca de 20 deles estariam vivos.
Enquanto a guerra avança, a situação humanitária se agrava a cada dia no território palestino.
Segundo a ONU, passa de mil o número de pessoas que foram mortas tentando conseguir alimentos, desde o mês de maio, quando Israel mudou o sistema de distribuição de suprimentos na Faixa de Gaza.
Com a fome generalizada pela falta da entrada de assistência na Faixa de Gaza, os relatos de pessoas morrendo por inanição são diários.
Israel afirma que a guerra pode parar assim que o Hamas se render, e o grupo radical demanda melhora na situação em Gaza para que o diálogo seja retomado.