Mas também levanta questões mais amplas sobre como os tribunais, incluindo a Suprema Corte, estão lidando com o ritmo dos recursos de emergência impulsionados pelo segundo mandato de Trump.

Em maio, apesar da divergência da juíza progressista Ketanji Brown Jackson, o Tribunal permitiu que Trump procedesse à revogação dessas proteções enquanto o caso prosseguia nas instâncias inferiores.

Um juiz federal da Califórnia emitiu então uma nova ordem em favor dos venezuelanos que haviam exigido que a política se tornasse mais permanente.

 

No recurso de emergência apresentado na sexta-feira (19) à Suprema Corte, o governo acusou o juiz federal Edward Chen e o Tribunal de Apelações do Nono Circuito de adotarem uma posição “indefensável” ao bloquearem mais uma vez a política do governo.

“Enquanto a ordem do tribunal distrital estiver em vigor, a Secretária deve permitir que mais de 300 mil cidadãos venezuelanos permaneçam no país, apesar de sua determinação fundamentada de que fazê-lo, mesmo temporariamente, é ‘contrário ao interesse nacional’”, escreveu o governo Trump.

A ordem inicial da Suprema Corte no caso não forneceu nenhuma justificativa para sua decisão. O governo Trump argumentou que isso não importava.

“Sejam essas ordens uma única frase ou muitas páginas, ignorá-las, como os tribunais inferiores fizeram neste caso, é inaceitável”, disse o governo.

O governo Biden concedeu o TPS aos venezuelanos pela primeira vez em março de 2021, citando a crescente instabilidade no país, e o estendeu em 2023.

Duas semanas antes de Trump assumir o cargo, o governo Biden renovou as proteções por mais 18 meses.