Anúncio é feito poucos dias após democratas terem divulgado e-mails do magnata que mencionam o presidente americano Internacional, Bill Clinton, Caso Epstein, Donald Trump, Estados Unidos, Jeffrey Epstein CNN Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (14) que vai pedir à procuradora-geral Pam Bondi que investigue as ligações de Jeffrey Epstein, magnata envolvido em abuso sexual, com diversas outras figuras de destaque.
Isso acontece poucos dias depois de os democratas terem divulgado e-mails de Epstein que mencionam o presidente americano.
Trump anunciou o pedido de apuração em uma publicação na Truth Social, na qual também acusou os democratas de tentarem encobrir o que chamou de “fracassos” e a paralisação do governo — o chefe de Estado acusa os adversários pelo “shutdown”.
“Pedirei à procuradora-geral Pam Bondi e ao Departamento de Justiça, juntamente com os nossos grandes patriotas do FBI [a agência federal de investigações dos EUA], que investiguem o envolvimento e a relação de Jeffrey Epstein com Bill Clinton, Larry Summers, Reid Hoffman, J.P. Morgan, Chase e muitas outras pessoas e instituições, para determinar o que se passava entre eles e com ele”, escreveu.
Câmara votará divulgação de arquivos do caso Epstein
No início desta semana, Donald Trump tentou, sem sucesso, convencer congressistas republicanos que barrassem uma petição na Câmara que forçaria uma votação sobre a divulgação dos arquivos do caso Epstein pelo Departamento de Justiça.
A Casa Branca chegou a realizar uma reunião na Sala de Situação com uma importante parlamentar republicana que havia assinado a petição antes mesmo de ela atingir a 218ª assinatura — número necessário para forçar a votação.
O presidente da Câmara dos EUA, Mike Johnson, afirmou que agendará a votação para a próxima semana, e espera-se que ela atraia apoio significativo de parlamentares republicanos.
Nesta sexta, Trump criticou os republicanos que apoiam a divulgação dos arquivos de Epstein, alegando que são “fracos e tolos”. Ele também chamou o caso de “farsa da Rússia”, adicionando que “todas as pistas apontam para os democratas”.
O que dizem os envolvidos?
O Departamento de Justiça dos EUA não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. A CNN entrou em contato com Clinton, Summers e Hoffman e aguarda retorno.
Em um comunicado, a porta-voz do JPMorgan Chase, Patricia Wexler, afirmou que o banco “encerrou seu relacionamento com ele [Epstein] anos antes de sua prisão por acusações de tráfico sexual”.
O JPMorgan pagou US$ 290 milhões em 2023 para encerrar uma ação coletiva movida por vítimas de Epstein, que alegavam que o banco ignorou transações financeiras incomuns que, segundo elas, facilitaram o tráfico sexual do magnata.
A instituição também pagou US$ 75 milhões para chegar a um acordo com as Ilhas Virgens Americanas. O banco não admitiu nem negou qualquer irregularidade em nenhum dos acordos.
“O governo tinha informações comprometedoras sobre seus crimes e não as compartilhou conosco nem com outros bancos. Lamentamos qualquer associação que tenhamos tido com esse homem, mas não o ajudamos a cometer seus atos hediondos”, afirmou Wexler.
*Kara Scannell, da CNN, contribuiu para esta reportagem
Entenda o que é o caso Jeffrey Epstein, magnata envolvido em abuso sexual

