Presidente dos EUA, no entanto, não mencionou atuação de secretário de Defesa Pete Hegseth
Este conteúdo foi originalmente publicado em Trump responsabiliza conselheiro de segurança por planos de guerra em chat no site CNN Brasil. Internacional, Donald Trump, Estados Unidos, Guerra, Houthis, Iêmen CNN Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (26), que o conselheiro de segurança nacional, Mike Waltz, assumiu a responsabilidade pela criação de um grupo no aplicativo Signal, onde foram enviadas mensagens sobre um ataque contra os Houthis, no Iêmen. O caso foi revelado pelo veículo The Atlantic, após um jornalista da revista ser incluído no chat, junto com funcionários do alto escalão do governo.
“Foi o Mike, eu acho, eu não sei”, disse Trump quando questionado sobre qual dos seus colegas estava por trás do grupo. Anteriormente, a Casa Branca disse que uma equipe de funcionários do Conselho de Segurança Nacional e do escritório do advogado da Casa Branca estavam investigando o assunto.
No entanto, enquanto Trump disse que Waltz assumiu a responsabilidade pelo erro, ele ignorou qualquer culpa do chefe do Pentágono, Pete Hegseth, que enviou uma linha do tempo do ataque planejado antes da operação ser iniciada.
“Como você traz Hegseth para isso? Ele não tem nada a ver com isso”, disse Trump, parecendo surpreso após o questionamento de um repórter. Mais cedo, a Casa Branca disse que Trump tinha olhado para as mensagens de Hegseth que foram incluídas na reportagem publicada pelo The Atlantic.
“É tudo uma caça às bruxas”, disse Trump.
Planos de guerra em app
Em uma reportagem publicada no The Atlantic, o jornalista Jeffrey Goldberg explica como foi colocado subitamente e por engano pelo conselheiro nacional de segurança, Mike Waltz, no grupo do aplicativo em que figuras como o secretário de defesa, Pete Hegseth, o vice-presidente americano, J.D. Vance, e o diretor da CIA, John Ratcliffe, discutiam planos dos ataques contra os Houthis no Iêmen.
Goldberg relata que, a princípio, não sabia se o grupo era verdadeiro ou se se tratava de uma espécie de armadilha. Depois, o governo americano confirmou a veracidade da conversa, afirmando que o número de Goldberg tinha sido incluído por engano e que o grupo não representou ameaça à segurança nacional.
Mas planos de ataques militares não são discutidos em aplicativos de conversas; há canais do governo específicos para isso. Em audiência do Comitê de Inteligência nesta terça (25), senadores democratas chamaram as autoridades do governo Trump de “incompetentes” e “irresponsáveis”.
Em meio à enorme repercussão, o líder da minoria democrata, Hakeem Jeffries, pediu para que Trump demitisse Pete Hegseth. A Casa Branca e os republicanos tentam minimizar a situação.
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