Enquanto as negociações estão em andamento, Moscou insiste que concessões territoriais façam parte de um acordo para pôr fim à guerra Internacional, Donald Trump, EUA, Putin, Rússia, Volodymyr Zelensky CNN Brasil
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky voltou a dizer que a Ucrânia não está disposta a ceder território à Rússia, enquanto as negociações sobre um plano de paz proposto pelos EUA continuam sem uma conclusão à vista.
“Definitivamente, não queremos abrir mão de nada. É por isso que estamos lutando”, disse o líder ucraniano.
“Não temos o direito legal de fazer isso sob a lei ucraniana, nossa Constituição, o direito internacional ou, para ser honesto, a lei moral.”
A Rússia insistiu que concessões territoriais façam parte de um acordo para pôr fim à sua invasão da Ucrânia.
O plano inicial proposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, delineava algumas dessas concessões. No domingo (7), Trump acusou Zelensky de não ter lido a versão mais recente da proposta.
“Progresso ligeiro”
Em declarações feitas durante um voo para Bruxelas, onde se reuniria com representantes da Orane da União Europeia após encontros com os líderes do Reino Unido, França e Alemanha em Londres, Zelensky afirmou que as negociações haviam progredido.
As propostas de paz estavam sendo finalizadas e seriam enviadas aos Estados Unidos na terça-feira, disse ele.
“Há um ligeiro progresso rumo a um possível fim da guerra… Creio que o plano estará pronto amanhã. À noite, iremos discuti-lo novamente e enviá-lo aos Estados Unidos”, disse Zelensky.
O líder ucraniano acrescentou que o plano de paz inicial de Trump, com 28 pontos e criticado por favorecer a Rússia, foi reduzido para 20 pontos. “Os pontos ‘anti-ucranianos’ foram removidos”, disse Zelensky.
Mas ele reconheceu que os EUA estão “buscando um acordo”.
Zelensky se reuniu com os três líderes europeus em Londres para abordar as “questões sensíveis” das garantias de segurança para a Ucrânia e o controle de suas regiões orientais.
Antes da reunião, ele afirmou que era urgente que europeus e americanos demonstrassem “unidade” na resistência à agressão russa e na busca por um fim mais rápido para o conflito.
“Há algumas coisas que não podemos administrar sem os americanos, coisas que não podemos administrar sem a Europa, e é por isso que precisamos tomar algumas decisões importantes”, disse Zelensky.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, recebeu Zelensky juntamente com o presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Friedrich Merz, que enfatizou: “Continuamos e permanecemos firmemente ao lado da Ucrânia… porque todos sabemos que o destino deste país é o destino da Europa.”
