Damaris Vitória Kremer da Rosa foi absolvida de todas as acusações; ela morreu dois meses depois em decorrência de um câncer de colo de útero Rio Grande do Sul, -agencia-cnn-, Câncer, Prisão CNN Brasil
Em uma publicação nas redes sociais, a advogada Rebeca Canabaro revelou o momento em que Damaris Vitória Kremer da Rosa, de 26 anos, foi absolvida pelo Tribunal do Juri em Salto do Jacuí, no interior do Rio Grande do Sul. A jovem foi absolvida em agosto deste ano, mas morreu dois meses depois em decorrência de um câncer de colo de útero.
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A prisão preventiva da acusada havia sido decretada pela Justiça do Rio Grande do Sul quando as investigações apontavam que os crimes de homicídio e incêndio teriam sido executados com a ajuda da jovem.
Durante a sessão de julgamento, a defensora rebate as acusações contra Damaris, que foi acusada de participar da facção “Os manos”, além de acusações sobre uso de drogas e prostituição.
O conselho de sentença proferiu a absolvição da jovem em 13 de agosto deste ano. Na ocasião, a representante de defesa de Damaris Vitória aparece fazendo a sustentação oral perante os jurados. Na sequência do vídeo, o juiz anuncia o resultado, em que a maioria votou pela absolvição da acusada.
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O julgamento final pelo tribunal do júri, em agosto de 2025, resultou na absolvição de Damaris Vitória Kremer da Rosa e de outro réu por todas as imputações dirigidas na denúncia.
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Em relação a Damaris, especificamente sobre o crime de homicídio qualificado, o júri respondeu, por maioria, não aos quesitos que perguntavam se ela era responsável para a prática do fato.
A prisão preventiva havia sido imposta pela Justiça gaúcha em 2019, pois Damaris era suspeita de ter atuado como “isca” para atrair a vítima, Daniel Gomes, à morte em Salto do Jacuí (RS), além de participar do incêndio do veículo dele.
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As autoridade representaram pela prisão para a garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal, dado que ela era suspeita de ser integrante da facção criminosa chamada “Os Manos” e estava em local incerto, com indicativos de que poderia deixar o país. A acusada foi denunciada por homicídio qualificado e incêndio em coautoria com outros réus.
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A defesa da jovem tentou a soltura diversas vezes, tendo um habeas corpus negado pelo STJ em 2020. Em novembro de 2024, um pedido por motivo de saúde foi indeferido, pois foram apresentados apenas receituários, sem exames ou diagnósticos que comprovassem a patologia.
O cenário mudou em março de 2025 com o reconhecimento oficial de seu grave estado de saúde.
Sua liberdade cautelar havia sido convertida para prisão domiciliar em março de 2025, após o diagnóstico de neoplasia maligna do colo do útero, uma condição que exigia tratamento oncológico regular.
Em abril de 2025, Damaris foi autorizada a cumprir a prisão domiciliar na residência de sua mãe, em Balneário Arroio do Silva (SC), sob monitoramento eletrônico, para iniciar o tratamento combinado de quimioterapia e radioterapia.

