Veja perguntas sem respostas sobre morte de empresário em Autódromo de SP 

Circunstâncias da descoberta do corpo, que estava desaparecido desde 30 de maio, levantam diversas inconsistências  São Paulo, -agencia-cnn-, Autódromo de Interlagos, Investigação, São Paulo (geral) CNN Brasil

A morte do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, de 36 anos, encontrado no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, permanece um mistério para a Polícia Civil, que investiga se o caso foi um acidente ou um crime.

Relembre: corpo encontrado em região de Autódromo era de empresário

As circunstâncias da descoberta do corpo, que estava desaparecido desde 30 de maio, levantam diversas inconsistências e perguntas que ainda estão sem respostas. Veja abaixo algumas das questões:

• Corpo e vestuário peculiares: Adalberto foi encontrado morto dentro de um buraco de obra de 2 a 3 metros de profundidade e cerca de 50 centímetros de largura. O empresário estava em pé, sem calça e sem tênis, embora seu capacete e celular estivessem junto ao corpo. Uma calça encontrada próxima ao local não era dele, segundo a esposa e a polícia. A diretora do DHPP, Ivalda Aleixo, destacou que o fato de ele estar “sem calça, sem tênis, de capacete e em um lugar que não tinha passagem” chama a atenção da polícia.
• Ausência de sinais de agressão e a tese do “mata-leão”: Apesar de não haver sinais aparentes de agressão no corpo, a Polícia Civil considera a hipótese de que Adalberto pode ter sido vítima de um golpe “mata-leão”, que pode causar a morte por asfixia sem deixar marcas visíveis.
• Sangue no carro: Foram identificadas manchas de sangue humano no carro de Adalberto em diversas partes, como ao lado da porta, atrás do banco do passageiro, no assoalho e no banco de trás. Exames de confronto genético foram solicitados para determinar a quem o sangue pertence.
• Câmera desaparecida: Um vídeo anterior ao desaparecimento mostrava Adalberto com uma câmera acoplada ao capacete, mas este equipamento não foi encontrado junto ao corpo, levantando a suspeita de ocultação de prova ou latrocínio.
• Divergências sobre o consumo de substâncias: Um amigo, Rafael Aliste, relatou à polícia que Adalberto consumiu cerca de 8 copos de cerveja e maconha de pessoas desconhecidas no evento e ficou mais agitado do que o normal. No entanto, outro depoente afirmou que o empresário não usava drogas ilícitas e bebia apenas socialmente. A delegada considerou a descrição de euforia “curiosa”, dado que maconha e bebida são depressores.
• Inconsistências no depoimento do amigo: A Polícia Civil tem apontado “falhas e lacunas” no depoimento de Rafael Aliste, que deve ser ouvido novamente, pois a delegada Ivalda Aleixo disse que “Rafael tem muita coisa pra contar”.
• Desaparecimento no trajeto: A última vez que foi visto por um amigo, Adalberto se despedia para ir ao estacionamento buscar o carro por volta das 21h15. Contudo, não foram encontrados sinais de movimentação no carro, indicando que ele desapareceu antes de chegar ao veículo.

A Polícia Civil continua as investigações, analisando imagens de câmeras de segurança, colhendo novos depoimentos de testemunhas, familiares, funcionários da obra, seguranças e organizadores do evento, e aguarda os laudos médicos e técnicos para o esclarecimento completo dos fatos.

Adalberto era descrito como uma pessoa tranquila, sem dívidas ou inimizades, e possuía um patrimônio milionário, o que contrasta com as circunstâncias de sua morte.

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De acordo com as investigações, a polícia constatou que a última mensagem enviada pelo empresário à esposa ocorreu por volta das 19h40 do dia em que ele desapareceu. Um amigo afirmou que o viu pela última vez quando Adalberto se despediu antes de ir para o estacionamento.

O falecimento de Adalberto Amarilio dos Santos Junior suscita várias indagações. Não há informações sobre como o empresário foi encontrado no buraco, desprovido de algumas partes de suas vestimentas. A causa oficial do óbito ainda não foi esclarecida pelas autoridades.

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Fã de automobilismo, Junior se apresentava em uma rede social como tricampeão paulista de kart. Atualmente, ele participava do campeonato amador Grakar (Grupo de Amigos Kartistas).