Além das questões envolvendo seu conteúdo, obras podem servir de repertório para as redações Educação, Corpus Christi, Literatura, Vestibular CNN Brasil
O feriado de Corpus Christi, comemorado em algumas cidades do Brasil nesta quinta-feira (19), pode ser uma boa oportunidade para ler a lista obrigatória de livros dos vestibulares.
Além das questões, as obras também podem ser utilizadas como repertório para as redações, inclusive a do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Veja 10 sugestões de livros com até 200 páginas para ler no feriado:
“Noite na Taverna” (1855) – Álvares de Azevedo
Publicada em 1855, três anos após a morte de Álvares de Azevedo, a obra de 96 páginas traz cinco contos que são narrados em primeira pessoa por cada um dos rapazes que estão reunidos em uma mesa de uma taverna: Solfieri, Bertram, Gennaro, Claudius Hermann e Johann. O grupo de amigos decide compartilhar acontecimentos inusitados de suas vidas, levando à divagações filosóficas. Faz parte da lista de livros obrigatórios da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
“O Demônio Familiar” – José de Alencar (1857)
O “Demônio familiar”, de 1857, é uma comédia de costumes que mostra de modo leve questões cotidianas de uma família fluminense de classe média do século XIX. A obra, de 152 páginas, faz parte da lista da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
“Nebulosas” – Narcisa Amália (1872)
Publicado em 1872, “Nebulosas” é a junção de 44 poemas, distribuídos em 128 páginas. Os temas transitam entre a mulher, a natureza e a crítica social abolicionista. Recebeu grande destaque à época de seu lançamento pelo fato, incomum naqueles tempos, de sua autora, Narcisa Amália, ser uma mulher. A obra está prevista na lista obrigatória da Fuvest, que dá acesso à Universidade de São Paulo (USP).
“Casa Velha” (1886) – Machado de Assis
Editado como folhetim pela revista “A Estação” entre 1885 e 1886, a obra resgata traços da primeira fase literária de Machado de Assis. O enredo trata principalmente da ascensão social por meio do casamento. Previsto na lista obrigatória da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), tem 88 páginas.
“Memórias de Martha” (1889) – Julia Lopes de Almeida
Com 118 páginas, “Memórias de Martha” é uma autobiografia ficcional escrita por Julia Lopes de Almeida. Na obra, a trajetória de Martha é acompanhada desde a infância, permeando a rotina em um cortiço carioca, no fim do século XIX, e as dificuldades pelas quais passa com sua mãe, viúva, que precisa trabalhar para sustentar a filha. O livro exalta a importância da educação para a conquista de novas oportunidades. Obra na lista obrigatória da Fuvest.
“Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada” (1960) – Maria Carolina de Jesus
“Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada” é um livro autobiográfico de Carolina Maria de Jesus. Publicado em 1960, a autora relata na obra a vivência como mãe, moradora da favela e catadora de papel. Presente na lista obrigatória da UFPR, tem 200 páginas.
“Prosas Seguidas de Odes Mínimas” (1992) – José Paulo Paes
Entre outros motes, os poemas presentes no livro de José Paulo Paes abordam o amor, a força da memória, a proximidade da morte e a crítica política. Obra de 88 páginas, está na lista obrigatória da Unicamp.
“Canção para Ninar Menino Grande” (2018) – Conceição Evaristo
Na figura do personagem Fio Jasmim, Conceição Evaristo discute as contradições e complexidades em torno da masculinidade de homens negros e os efeitos nas relações com as mulheres negras. Obra com 136 páginas, está na lista obrigatória da Fuvest.
“O Sol na Cabeça: Contos” (2018) – Geovani Martins
Geovani Martins narra a infância e a adolescência de garotos para quem às angústias e dificuldades inerentes à idade soma-se a violência de crescer no lado menos favorecido da “cidade partida”, o Rio de Janeiro das primeiras décadas do século XXI. Com 112 páginas, a obra está na lista obrigatória da UFPR.
“A Visão das Plantas” (2019) – Djaimilia Pereira de Almeida
“A Visão das Plantas” traz a história de Celestino, um homem cujo passado de brutalidade e violência atrozes é substituído por um amor delicado e cuidadoso pelo seu jardim. Prevista na lista obrigatória da Fuvest, a obra tem 88 páginas.
“A Vida Não é Útil (2020)” – Ailton Krenak
Com 128 páginas, a obra traz reflexões provocadas pela pandemia de Covid-19. O pensador e líder indígena Ailton Krenak apontar as tendências destrutivas da chamada “civilização”: consumismo desenfreado, devastação ambiental e uma visão estreita e excludente do que é a humanidade. Obra na lista obrigatória da Unicamp.
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