Após a publicação de vídeo, o assunto viralizou nas redes sociais entre usuários, famosos e entrou em discussão entre parlamentares do Congresso Nacional Brasil, -agencia-cnn-, -agencia-estado-, Felca CNN Brasil
Temas envolvendo pedofilia na internet tem ganhado força depois que o influenciador digital Felca fez, na semana passada, uma denúncia após observar o crescimento desse tipo de conteúdo nas redes sociais – um assunto, segundo ele, “pouco falado por quem tem alcance”.
Após a publicação de vídeo, o assunto também entrou em discussão entre parlamentares.
Como o debate ganhou repercussão?
O influenciador Felca, que já se posicionou contra apostas online, mais recentemente, gravou um vídeo denunciando perfis que exploram a imagem de crianças na internet. No mesmo dia em que publicou Adultização, que já possui mais de 30 milhões de visualizações em seu canal no YouTube, ele revelou que anda com veículo blindado e seguranças para se proteger de possíveis ameaças.
“Eu realmente mergulhei no lamaçal. Foi muito aversivo fazer esse vídeo”, comentou sobre a postagem que fez na última quinta-feira, 7.
Em 50 minutos, o youtuber fez um compilado de denúncias sobre influenciadores que abusam da imagem de crianças, mostrou na prática como o algoritmo funciona para entregar esse tipo de conteúdo para pedófilos e entrevistou uma psicóloga especializada para falar sobre o perigo da exposição nas redes sociais para as crianças e adolescentes.
Algoritmo P
O termo “algoritmo P” é mencionado pelo youtuber Felca para denunciar como os algoritmos de redes sociais podem ser condicionados a recomendar e propagar conteúdo que promove a adultização de crianças. O youtuber Felca viralizou nas redes sociais ao denunciar a “adultização” e exploração de crianças e adolescentes na internet, destacando o caso do influenciador digital Hytalo Santos.
O vídeo, que já ultrapassou 26 milhões de visualizações desde a última quarta-feira (6), levantou debates sobre os limites éticos na produção de conteúdo com menores. No vídeo, ele explica que o sistema, ao identificar o interesse de usuários por vídeos de crianças em situações sugestivas, entrega mais desse material, criando um ciclo perigoso.
Segundo Felca, o problema não está no algoritmo em si, mas na sua falta de filtro ético. Ele demonstrou que, ao interagir com conteúdos considerados “mais sugestivos”, o algoritmo rapidamente “aprende” a preferência e recomenda vídeos similares. Essa mecânica, segundo a denúncia, transforma a exposição infantil em um nicho de interesse.
‘Adultização’ e a legislação
Embora o termo “adultização” não seja um crime específico na legislação brasileira, a prática é combatida pelo ECA, que garante a proteção integral da criança e do adolescente.
A legislação brasileira reconhece sua “condição peculiar de pessoa em desenvolvimento” e proíbe qualquer forma de negligência, exploração, violência ou submissão a constrangimento.
O Ministério Público é o órgão responsável por zelar por esses direitos, podendo promover ações para proteger os interesses de crianças e adolescentes. A investigação sobre Hytalo Santos reflete essa atribuição, buscando determinar se houve violações legais nos conteúdos produzidos.
O que ocorreu após o vídeo dele viralizar?
Somente até o fim da noite desta segunda-feira, 13 projetos haviam sido protocolados na Câmara sobre adultização e penalização da pornografia, sob os números 3836, 3837, 3840, 3848, 3851, 3852, 3856, 3859, 3875, 3877, 3878, 3885, 3889.
O de número 3852 sugere abertamente a criação de uma Lei Felca.
Projetos ganham força na Câmara
Depois de o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), dizer que a Casa vai pautar propostas contra a adultização de crianças e adolescentes, uma proposta em especial ganhou força para ir a votação em plenário.
A proposição estabelece mecanismos para o combate de conteúdos de exploração sexual de crianças e adolescentes em ambiente digital, também cria regulações para o uso de redes sociais e jogos online para crianças e adolescentes.
Esse projeto é de autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE) e já foi aprovado no Senado em dezembro. A proposta é bem vista por organizações da sociedade civil, como o Instituto Alana.
Tanto autor e relator da proposta, deputado Jadyel Alencar (Republicanos-PI), correm para assegurar que o projeto seja votado. Motta decidiu entrar na discussão após um vídeo do youtuber Felca alcançar mais de 30 milhões de visualizações em poucos dias.
*Com informações da Agência Estado

