O homem diz que foi agredido por se recusar a dar a chave do carro aos agentes de trânsito durante uma blitz Bahia CNN Brasil
Um motorista foi agredido por guardas civis municipais durante uma blitz na Avenida Luís Viana Filho, conhecida como Paralela, uma das principais de Salvador. O caso ocorreu na última terça-feira (3) e foi registrado em vídeo por uma testemunha.
As imagens mostram o motorista com um celular na mão, aparentemente fotografando um funcionário do guincho. Nesse momento, um guarda municipal se aproxima e dá um tapa no rosto do condutor. Em seguida, outro agente o segura pelo pescoço, quase enforcando o rapaz.
A pessoa que filmava a cena chega a repudiar a ação, mas um dos guardas logo percebe e a gravação é interrompida.
O motorista, que preferiu não se identificar, relatou à CNN estar com hematomas pelo corpo e que a agressão ocorreu após ele se recusar a entregar a chave do carro aos agentes de trânsito. O veículo seria apreendido porque a documentação estava atrasada. A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do condutor estava em dia.
A confusão terminou na Central de Flagrantes, onde o motorista foi ouvido e liberado. A Polícia Civil informou que foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por desacato contra o condutor.
Como ele está sendo tratado como agressor pela polícia, não consegue registrar uma queixa contra os guardas.
Em nota enviada à CNN, a Guarda Civil Municipal informou que a ação ocorreu durante uma operação em apoio à Transalvador. A corporação disse também que o condutor “ameaçou e tentou agredir o funcionário terceirizado do guincho, chegando a registrar uma foto dele sem autorização”.
Ainda segundo a GCM, durante a intervenção, o motorista “ofendeu moralmente um Guarda Civil Municipal”. Diante das supostas ameaças, foi necessário intervir para conter o motorista e levá-lo à delegacia.
Questionado sobre os hematomas no condutor, o órgão ressaltou que os fatos serão encaminhados para apuração detalhada pela Corregedoria, que vai analisar as imagens, depoimentos e demais evidências, além de investigar eventuais excessos.
A Guarda Civil Municipal reiterou o compromisso com “a transparência e a integridade das operações, afirmando que não compactua com nenhum tipo de agressão”.