Durante coletiva de imprensa, Tereza Cristina reforçou que visita abriu diálogo, mas negociações sobre a tarifa de 50% ainda seguem em andamento Política, Estados Unidos, Senadores, tarifaço de Trump, Tereza Cristina CNN Brasil
A senadora Tereza Cristina (PP-MS) afirmou nesta quarta-feira (30) que o objetivo da ida dos senadores aos Estados Unidos foi conversar e abrir caminhos para a negociação do tarifaço, mas não resolvê-lo por completo.
“O que nós fizemos aqui: abrir portas, quebrar o gelo, conversar com as empresas e ver se esse tema chega na Casa Branca. Chega no departamento de comércio americano. A gente sabe que existem negociações no passado, mas agora tem coisa nova no fronte. Nós falamos sobre coisas, sobre os [tarifaço] 50%”, disse a senadora em uma coletiva de imprensa com outros parlamentares.
A comitiva brasileira deu início a uma agenda oficial com parlamentares norte-americanos em Washington na última segunda-feira (28). O foco central foi defender os interesses nacionais diante das tarifa de 50% anunciada por Donald Trump sobre os produtos brasileiros, e que devem entrar em vigor no dia 1º de agosto.
Além do tarifaço, a senadora destacou que outros temas foram abordados e que o objetivo final é levar os assuntos de volta ao governo brasileiro.
“Estamos levando na bagagem de volta alguns pontos de atenção, como esse assunto sensível do oléo, tanto pros democratas, quanto para os republicanos. O Brasil tem que pensar sobre esse assunto, mas isso é o governo que vai pensar. Nós vamos levar ‘olha esse é um ponto de atenção que nós ouvimos lá tanto dos democratas, quantos dos republicanos e das empresas’, disse.
A senadora também reforçou que as conversas sobre as tarifas estão apenas no início e que ainda haverá um longo caminho de negociações.
“Então, agora, isso é só o início de uma série de conversas. Temos que esperar para ver se teremos a taxação, se teremos essa dilação de prazo ou se não teremos. Hoje nós estamos saindo daqui com a sensação do dever cumprido. O que nós viemos fazer? Ajeitar as relações com os parlamentares. Falamos com 8 ou 9, foi colocada o convite para cada um, para que eles possam ir ao Brasil conversar conosco. Nós teremos muito tempo ainda de negociação. Isso não é um assunto que se encerra depois de amanhã, ele só começa depois de amanhã”, finalizou.