Funcionário afirmou que se líder ucraniano diz que acordo não está finalizado, não vê motivo para ele ir aos EUA
Este conteúdo foi originalmente publicado em Vinda de Zelensky aos EUA “não faz sentido”, diz funcionário da Casa Branca no site CNN Brasil. Internacional, Casa Branca, Donald Trump, Estados Unidos, Ucrânia, Volodymyr Zelensky CNN Brasil
Um funcionário da Casa Branca levantou dúvidas nesta quarta-feira (26) sobre se um convite ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, faria sentido, dada afirmação do ucraniano de que o acordo de minerais entre os dois países não está concluído.
“Se o líder ucraniano diz que o acordo não está finalizado, não vejo por que um convite faria sentido”, comentou o funcionário à Reuters. “Há uma expectativa de que sua vinda seja para reconhecer uma posição final (sobre o acordo de minerais) e ele não está em uma posição final em suas próprias palavras nesta nova redação.”
Zelensky se recusou a assinar um rascunho anterior de um acordo de minerais enquanto Washington buscava direitos a US$ 500 bilhões em riqueza natural da Ucrânia.
Kiev protestou que havia recebido muito menos do que isso em ajuda dos EUA e que o acordo não tinha as garantias de segurança de que a Ucrânia precisa.
Minerais de terras raras
A Ucrânia lançou a ideia de abrir seus minerais críticos para investimentos de aliados no outono passado, ao apresentar um “plano de vitória” que buscava colocá-la na posição mais forte para negociações e forçar Moscou a se sentar à mesa.
Zelensky afirmou que menos de 20% dos recursos minerais da Ucrânia, incluindo cerca de metade de depósitos de terras raras, estavam sob ocupação russa.
As terras raras são importantes na fabricação de ímãs de alto desempenho, motores elétricos e eletrônicos de consumo. Zelensky também disse que Moscou poderia abrir esses recursos para seus aliados Coreia do Norte e Irã, ambos inimigos dos EUA.
Tropas russas vêm ganhando terreno no leste há meses, investindo recursos na ofensiva, enquanto o exército muito menor de Kiev luta contra a escassez de soldados e se preocupa com futuros suprimentos de armas do exterior.
Zelensky disse que a Ucrânia tinha as maiores reservas de titânio da Europa, essencial para a indústria da aviação e espacial, e urânio, usado para energia nuclear e armas.
Muitos dos depósitos de titânio foram mapeados no noroeste da Ucrânia, longe dos combates.
A Ucrânia reajustou rapidamente a abordagem de política externa para se alinhar à visão de mundo transacional definida pelo novo ocupante da Casa Branca, o aliado mais importante da Ucrânia.
Mas Zelensky enfatizou que Kiev não estava propondo “doar” seus recursos, e ofereceu uma parceria mutuamente benéfica para desenvolvê-los em conjunto.
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