O corte no Programa de Transferência de Renda (PTR), criado para mitigar os impactos do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, gerou revolta entre os atingidos. Após sucessivas reduções, o benefício sofreu novo corte em março, diminuindo os repasses para adultos para R$ 379,50, o que representa apenas um quarto do salário mínimo. As vítimas contestam a descontinuidade do programa sem que outras medidas de reparação tenham sido efetivadas.
Uma ação judicial contra a mineradora busca impedir a redução dos valores do PTR até que as condições de vida dos atingidos sejam restabelecidas ao que eram antes da tragédia. Apesar do acordo de reparação, que destinou R$ 37,68 bilhões, as comunidades afetadas ainda enfrentam dificuldades para recuperar suas atividades econômicas.
Os atingidos também pressionam a Vale e o Ministério Público a assumirem suas responsabilidades na continuidade do programa. Eles argumentam que encerrar o PTR antes da conclusão das medidas de reparação fere a Política Nacional de Direitos das Populações Atingidas por Barragens, sancionada em 2023.
A Vale, por sua vez, afirma que cumpriu sua parte no acordo ao transferir os recursos necessários para a manutenção do PTR. No entanto, a falta de transparência e os atrasos na implementação das reparações seguem gerando cobranças e insatisfação entre os afetados.
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