Você sabe o que o Volkswagen SP2, o primeiro esportivo daVW desenvolvido no Brasil, tem a ver com o Dieselgate? Então senta que lá vem história.
Na segunda metade da década de 2010, a Volkswagen se envolveu em um escândalo: foi acusada de colocar dispositivos em seus carros a diesel para manipular dados de emissões. É o que ficou conhecido como Dieselgate.
Claro, que a montadora não quis ver seu nome atrelado a esse escândalo e começou a revelar uma série de conceitos mirabolantes para desviar as atenções. Foi no auge disso tudo, em 2017, que Tibor Juhasz esboçou o que seria a sua visão de um VW SP2 moderno, feito na plataforma MEB, a mesma de ID.Buzz, ID.4 e outros elétricos da Volks.
O SP2 foi um marco da indústria automotiva brasileira. O esportivo foi desenvolvido e fabricado por aqui, e tinha uma produção complexa para a época.
A qualidade dos acabamentos e de toda a construção seguiam o que havia de melhor no mercado brasileiro, mas havia um problema: o SP2 era um esportivo modesto. Tinha meros 75 cv entregues pelo motor 1700. Chegava apenas a 153 km/h de velocidade máxima e demorava longos 17,4 s para ir de 0 a 100 km/h.
Da mesma forma que o SP2 chama a atenção de colecionadores europeus, que os importam, o projeto e desenho do carro original chamou a atenção até da matriz alemã da Volkswagen.
Nessa releitura feita por Juhasz e divulgado no Linkedn de Štěpán Řehák, porta-voz da divisão de design da VW, o carro mantém o perfil baixo, a traseira curta e o capô alongado. Há até as aberturas nas colunas traseiras. Mas segundo Řehák, o desenho tem uma inspiração especial nos projetos de Giorgetto Giugiaro, pai do Golf, Passat, Scirocco e Jetta.
“Minha proposta SP2 nasceu de pura intuição. Ele se encaixa em uma visão de futuro elétrico movido pelo progresso, mas profundamente enraizado em valores clássicos. Meu objetivo era claro: construir para frente sem perder o que nos define. Emoção, energia e visão se uniram para criar algo que ainda ressoa hoje”, conta Řehák sobre o seu design.
A diferença é que esse é um esportivo elétrico, que usa a plataforma MEB. É bem possível que ele também seguisse o conceito do motor traseiro, assim como o SP2 original e os outros elétricos feitos com essa arquitetura. Mas, a plataforma também permite tração integral, o que traria uma nova experiência para o esportivo.
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Não só isso, por mais que os puristas torçam o nariz ao imaginar um SP2 elétrico, isso resolveria os problemas de desempenho do esportivo. O torque instantâneo ajudaria nas arrancadas e até mesmo a ID.Buzz consegue passar dos 200 cv com os motores elétricos da plataforma MEB.
