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Lula e Milei ficaram hoje lado a lado em Buenos Aires, na cúpula dos países do Mercosul. A Argentina estava passando para o Brasil a presidência rotativa do grupo.
As caras de Milei e de Lula eram mesmo as de quem não vai mesmo com a cara do outro. E boa parte do que discursaram também.
Lula disse que o Mercosul protege de guerras comerciais. Milei chamou isso de “cortina de ferro”, composta por barreiras que impediram os países do bloco de se integrar melhor ao comércio global.
Lula prometeu trabalhar com várias agências que pertencem ao Mercosul — que Milei chamou de burocracia que priva o Mercosul de oportunidades.
Lula falou em utilizar as próprias moedas para trocas. Milei nem se referiu a isso, preferindo descer a lenha na Venezuela.
Mas houve um ponto de concordância entre os mandatários dos dois principais países do bloco: o crime organizado, tal a gravidade da questão.
Milei chegou a pronunciar até os nomes de facções brasileiras que já se expandiram pelo subcontinente. E Lula ressaltou a cooperação policial na Tríplice Fronteira como um caminho a ser reforçado.
O presidente brasileiro olhou sempre para baixo, lendo um texto escrito, e esquivou-se de qualquer frase… digamos… de claro conteúdo político.
Milei, não. Disse que diplomacia é o jeito de não dizer nada, mas que ia falar o que pensa.
A Argentina vai para o caminho da liberdade, afirmou. Se for o caso, sem o Mercosul. Não se pode dizer que não foi claro o recado.