O que o presidente americano fez até agora equivale a um suicídio geopolítico, pois está reduzindo — e não aumentando — o poder dos Estados Unidos
Este conteúdo foi originalmente publicado em Waack: Trump não ouve o barulho dos mercados desabando no site CNN Brasil. Macroeconomia, Donald Trump, Estados Unidos, política tarifária, Protecionismo, tarifaço, tarifas Trump, Trump, Waack, William Waack CNN Brasil
Um grupo de bilionários estava presente na posse de Donald Trump no dia 20 de janeiro, todos empolgados e adulando o presidente. No entanto, o entusiasmo deles diminuiu significativamente desde que Trump impôs seu pacote de tarifas na semana passada.
Alguns nomes de destaque expressaram duras críticas:
- Larry Fink, CEO da BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, e Ken Langone, fundador da Home Depot, a maior varejista do setor de construção, chamaram as novas tarifas de “bullshit” (bosta de boi).
- Elon Musk, que exerce grande influência no governo, também se manifestou contra as medidas.
- Bill Ackman, bilionário investidor e ativista político, classificou a política tarifária como um grave erro.
Nesta segunda-feira (7), somou-se a essas vozes a do CEO do JPMorgan, o maior banco do mundo, que alertou publicamente sobre o risco de Trump levar a economia americana — e talvez a global — a uma recessão.
Até agora, Trump tem ignorado publicamente as críticas desses magnatas, figuras poderosas e influentes do mundo financeiro. No entanto, o derretimento das bolsas globais já começa a afetar setores como varejo, indústria, pequenos negócios, inflação, taxas de juros e emprego.
A questão que se coloca é: quanto tempo levará para que essas reclamações se transformem em queda de popularidade, eleitores descontentes e uma população decepcionada?
O que Trump fez até agora equivale a um suicídio geopolítico, pois está reduzindo — e não aumentando — o poder dos Estados Unidos. Com todos esses ingredientes, pode acabar se tornando também um suicídio político.
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