Mesmo em meio à crise do comércio internacional, varejista teve aumento no número de vendas Negócios, CNN Brasil Money, Economia americana, estilo-cnn-money, Target, tarifaço de Trump, varejo EUA, Walmart CNN Brasil
O Walmart está sendo atingido por tarifas, assim como todos os outros negócios nos Estados Unidos. Mas os clientes continuam migrando para a companhia porque acreditam que o varejista oferece o melhor custo-benefício.
A gigante do varejo mostrou mais uma vez na quinta-feira (21) como usa seu tamanho para dominar o setor. Sua economia de escala ajuda a manter os preços o mais baixos possível, mesmo com as tarifas de Trump elevando os custos.
O Walmart também conta com sua força em alimentos e necessidades básicas para conquistar consumidores em busca de descontos. Mais da metade das vendas da companhia vêm de alimentos.
O varejista anunciou nesta quinta-feira (21) que as vendas em lojas nos EUA abertas há pelo menos um ano aumentaram 4,8% e ganhou participação de mercado em todas as faixas de renda, impulsionada pelo crescimento entre famílias de renda mais alta. A empresa também elevou sua previsão de vendas para o ano.
O CEO Doug McMillon disse que as tarifas pressionam a empresa e que ela vê seus “custos aumentarem a cada semana”. Mas está mantendo os preços baixos “pelo máximo de tempo possível”.
Os consumidores não fizeram grandes mudanças em seu comportamento de compra por causa das tarifas, disse ele, mas algumas famílias de média e baixa renda pararam de comprar alguns produtos não essenciais cujos preços aumentaram.
“O valor ainda está em voga. Essa é a mensagem principal do Walmart”, disse Neil Saunders, analista da GlobalData Retail, em nota aos clientes. “As tendências macro e de consumo continuam favoráveis ao Walmart.”
Ainda assim, as ações da gigante do varejo caíram 3% durante o pré-mercado, com a empresa não atingindo as previsões de lucro dos analistas. Às vésperas da quinta-feira (21), as ações do Walmart haviam subido 36%.
O Walmart está superando rivais como a Target e a Home Depot. A primeira, em especial, está em crise e seu CEO está pedindo demissão.
Na quarta-feira (20), a Target divulgou queda nas vendas pelo terceiro trimestre consecutivo e as ações despencaram 6%. A companhia tem sido uma das ações com pior desempenho no S&P 500.
O CEO Brian Cornell está deixando o cargo após 11 anos na varejista, enquanto a empresa enfrenta queda nas vendas e reações negativas à sua retirada de medidas de diversidade.
Cornell será substituído no início do próximo ano por Michael Fiddelke, atual diretor de operações da Target. Alguns investidores e analistas criticaram a decisão, argumentando que a empresa deveria ter contratado uma voz externa para liderar a empresa.
Os negócios da empresa estão ficando para trás do Walmart porque ela estoca mais produtos não essenciais, como decoração para casa, do que o Walmart. Muitos consumidores, pressionados pela inflação dos últimos anos, estão comprando menos produtos discricionários e se concentrando em itens essenciais.
A Target também importa cerca de metade de suas mercadorias, em comparação com cerca de 33% do Walmart, então ela precisa aumentar os preços quase o dobro da taxa do Walmart para mitigar o impacto das tarifas, disse o analista do Bank of America, Robert Ohmes, em um relatório desta semana.
Traduzido por André Vasconcelos
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