Líderes europeus ficaram alarmados após incursões russas no espaço aéreo de países da aliança Internacional, Ataques com drones, Otan, Rússia, Ucrânia, Volodymyr Zelensky CNN Brasil
A Ucrânia se ofereceu para construir um escudo de defesa aérea conjunto com aliados para se proteger contra ameaças da Rússia, afirmou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky nesta segunda-feira (29).
Isso acontece após uma série de incursões no espaço aéreo que causaram alarme na região leste da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Líderes da Otan afirmaram que a Rússia vem testando a prontidão e a determinação da aliança com incursões no espaço aéreo na Polônia e nos países bálticos, e Kiev afirma que sua experiência em lidar com ameaças aéreas seria valiosa.
“A Ucrânia propõe à Polônia e a todos os nossos parceiros a construção de um escudo conjunto e totalmente confiável contra ameaças aéreas russas”, falou Zelensky em um discurso no Fórum de Segurança de Varsóvia, transmitido por videoconferência.
“Isso é possível. A Ucrânia pode combater todos os tipos de drones e mísseis russos e, se agirmos juntos na região, teremos armas e capacidade de produção suficientes”, acrescentou ele.
Kiev já afirmou que suas tropas e engenheiros treinarão seus colegas poloneses no combate a drones.
O tema da cooperação em defesa com a Ucrânia foi prioridade na agenda dos líderes reunidos em Varsóvia para o fórum anual de segurança.
O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, afirmou na conferência que “as indústrias de defesa da Europa e da Ucrânia precisam trabalhar juntas de forma mais estreita e eficaz”.
“A UE precisa apoiar isso, fornecendo uma estrutura regulatória muito mais flexível para a indústria de defesa na Europa.”
Após as incursões russas no espaço aéreo da Otan, os países da região leste da aliança concordaram com a necessidade de um “muro de drones” com capacidades avançadas de detecção, rastreamento e interceptação.
No entanto, Pistorius alertou que estabelecer isso não seria um processo rápido.
“Não estamos falando de um conceito que será concretizado nos próximos três ou quatro anos”, falou ele. “Precisamos priorizar e reconhecer que precisamos de mais capacidades e capacidades do que as descritas anteriormente.”