Com vitória em três sets, número 3 do tênis disse reconhecer instabilidade e mantém postura cautelosa Tênis, Alexander Zverev, CNN Esportes, outros esportes, Roland Garros CNN Brasil
Alexander Zverev, número três do mundo, segue firme no Aberto da França após vencer com autoridade o norte-americano Learner Tien por 6-3, 6-3 e 6-4 nesta terça-feira. Apesar do resultado convincente, o alemão evita projeções otimistas sobre as próximas fases do torneio e adota um tom realista sobre seu lugar no tênis mundial.
“Esse sou eu, infelizmente. Tenho altos e baixos. Não sou um Novak Djokovic, não sou um Rafa Nadal que vai ganhar ou chegar à final de todo torneio“, declarou Zverev em coletiva de imprensa. Finalista em Roland Garros no ano passado, ele já disputou três finais de Grand Slam sem conquistar o troféu.
Zverev admite que seus momentos de brilho são intensos, mas também reconhece que suas quedas costumam ser mais acentuadas do que as dos principais rivais. “Meus pontos altos são muito altos, percebi isso. Mas meus pontos baixos são mais baixos do que os de outros jogadores do topo. Eu aceitei isso, é assim que meu tênis funciona. Talvez seja quem eu sou, de certa forma”, avaliou.
Ainda assim, o alemão mantém esperança de que suas melhores versões apareçam nas próximas semanas em Paris. “Só espero que meus picos sejam mais altos do que os de qualquer um nas próximas duas semanas”, disse.
Na próxima rodada, Zverev enfrenta Jesper De Jong, da Holanda. Ele comemorou o bom início no torneio: “Foi um bom começo. Estou feliz com a vitória em três sets; geralmente, minhas estreias são mais longas, de quatro ou cinco sets. Espero que continue assim e que sejam duas semanas divertidas aqui”.
O alemão também destacou que a experiência prévia contra Tien ajudou a manter o foco durante a partida na quadra Suzanne Lenglen.
“Ele já venceu muitos adversários fortes — o (Daniil) Medvedev no Aberto da Austrália e eu em Acapulco. Ele vai subir no ranking. Hoje ajudou o fato de eu já ter jogado contra ele antes, talvez até tenha ajudado eu ter perdido para ele. Estou satisfeito com meu desempenho geral”, concluiu.
(Reportagem de Julien Pretot; Edição de Ed Osmond)